Tostão

Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

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Vapt-vupt

Na coluna anterior, escrevi que a seleção poderia melhorar com três no meio-campo e três mais adiantados (Fred, Neymar e Hulk). Fernandinho seria o volante mais recuado, com um armador de cada lado, com funções defensivas e ofensivas, como atuam Pogba e Matuidi, na França, Kroos e Schweinsteiger, na Alemanha.

Como Hulk e Neymar são artilheiros, agressivos, o Brasil não precisa de um centroavante tático, apenas finalizador. Os dois poderiam atuar livres, mais próximos ao gol, auxiliados por um meia-ofensivo
(Oscar ou Willian).

A história se repete. Não sei se o fim será o mesmo. Na Copa de 2002, o time também não tinha meio-campo. Jogava com três zagueiros, dois alas encostados às laterais, um meia-ofensivo (Juninho Paulista), três na frente (Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo) e apenas Gilberto Silva no meio-campo. Na segunda fase, Felipão aceitou as críticas e trocou Juninho por um volante-armador (Kléberson).

O time cresceu. Parece que Felipão gosta mais do vapt-vupt, da bola para a frente e das jogadas em velocidade. Para ele, ter posse de bola e trocar passes no meio-campo é um jogo bonitinho.

Felipão disse que a natureza não dá saltos. Essa é uma das frases mais usadas por Parreira em suas palestras. Segundo o Google, a frase é de um filósofo alemão, dita no século 17. Felipão e Parreira querem dizer que tudo precisa ser programado. Nem sempre. As coisas mais espetaculares são as que surgem sem avisar, sem serem ensaiadas. É preciso ter talento e coragem para perceber e mudar.

Alemanha, Argentina e Bélgica se classificaram na prorrogação. Três belíssimas partidas. Duro será assistir ao Brasileirão.

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