Tostão

Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

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Sabe, sabendo

DE SÃO PAULO

Neymar sonhou com o título e em ser o melhor da Copa e do mundo, em 2014. Após o abalo inicial, como se fosse uma tragédia para a seleção, agora, já dá para acreditar que continuam boas as chances de o Brasil ganhar o Mundial, mesmo sem Neymar e, contra a Alemanha, sem Thiago Silva, outro craque. Para isso, todos os jogadores precisam se superar, atuar com a mesma garra das partidas anteriores e com mais qualidade. Seria possível David Luiz, outro craque, jogar ainda mais?

Na Copa, mesmo as seleções menos fortes e menos tradicionais possuem bons jogadores e ótimo conjunto. A maioria dos atletas atua em campeonatos importantes, e alguns, nas principais equipes do mundo. Todas as seleções dominam o conhecimento científico e a logística de preparação de uma equipe.

Dizem que os EUA, obcecados pela competitividade, programaram, dez anos atrás, que, em 2018, vão disputar o título. Será cedo, pois falta o fora de série e/ou vários jogadores excepcionais. Será que, com a massificação do futebol, que está a caminho, surgirão vários jogadores especiais? Ou isso não vai ocorrer porque não está no DNA dos norte-americanos? O futebol é diferente de outros esportes. Não basta dominar a técnica, o conhecimento e treinar muito.

Em um jogo, há muita imprevisibilidade e grande número de possibilidades. Não é possível extrair o talento de um craque e reproduzi-lo no campo e no laboratório. O craque sabe fazer, mas não sabe como fazer. Não dá para ensinar sua arte. Ele sabe, sabendo. Ontem, foi mais um dia de craque, na dificílima vitória da Argentina sobre a Bélgica, por 1 a 0. Messi não fez nada de extraordinário, perdeu um gol, mas deu belíssimos passes e participou bastante do jogo. A Argentina foi um time com mais cuidados defensivos. A defesa, tão criticada, novamente, não sofreu gol.

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