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Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

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Neymar e Philippe Coutinho seguiram seus desejos com coragem

Crédito: Eduardo Berzosa/MD Neymar e Philippe Coutinho, em 2008, disputam campeonato juvenil pela seleção brasileira
Neymar e Philippe Coutinho, em 2008, disputam campeonato juvenil pela seleção brasileira

Enquanto Neymar sonhava em sair do Barcelona, onde era um magistral coadjuvante, com a intenção de se tornar um grande protagonista e ainda mais celebridade, além de ter muito mais chance de ganhar o título de melhor do mundo, o excelente Coutinho, que não tem o talento de Neymar, sonhava em ser um grande coadjuvante no Barcelona, ao lado de Messi, e conquistar muitos títulos.

Neymar e Coutinho, cada um com seu talento e diferentes ambições, seguiram seus desejos, com coragem, mesmo correndo riscos de diminuir o enorme prestígio que tinham no Barcelona e no Liverpool.

O Barcelona, após a saída de Neymar, passou a jogar com uma linha de quatro no meio-campo (Busquets e Paulinho pelo meio, Rakitic pela direita e Iniesta pela esquerda), além de Messi e Suárez no ataque. Coutinho pode jogar bem em várias funções, mas seu lugar, onde brilhava intensamente no Liverpool, é mais adiantado, da esquerda para o centro.

Além do talento, os excepcionais jogadores, para se tornarem grandes protagonistas das melhores equipes, precisam descobrir suas posições e funções de referência, onde executam o que sabem fazer melhor.

O Barcelona possui oito jogadores do meio para frente (Busquets, Rakitic, Iniesta, Paulinho, Coutinho, Dembelé, Suárez e Messi) para seis posições. Busquets, Suárez, Messi e Iniesta (se estiver bem fisicamente) são titulares. Os outros quatro vão disputar duas vagas. Na prática, haverá um rodízio, e todos vão jogar. A principal deficiência do Barcelona na temporada passada foi não ter ótimos reservas.

Além da de Coutinho, outra transferência demorada e comentada foi a do técnico Rueda. Ele estava de férias, recebeu uma sedutora proposta e, como alegou, só não avisou antes ao Flamengo se sairia ou não porque não havia a certeza do acerto. A seleção chilena e o técnico chegaram a um acordo, e o Chile pagou a multa rescisória prevista no contrato. Nada errado. O Flamengo sabia de tudo, tanto que o presidente, na quarta (9), em entrevista, elogiou o técnico. Treinadores, estrangeiros ou brasileiros, jogadores, jornalistas e profissionais de todas as áreas recebem propostas e têm o mesmo comportamento, aceitam ou não.

Não entendi quase nada da entrevista de Carpegiani, tanto algumas perguntas quanto algumas respostas. Perguntaram até se ele gostaria de trabalhar com Adriano. Não entendi também se ele será um técnico tampão, se passará a ser um coordenador, como era previsto anteriormente, ou se vai fazer as duas funções.

Nos outros clubes brasileiros, jogadores e técnicos também chegam e saem. Até agora, os únicos times que se fortaleceram foram Palmeiras e Cruzeiro. Os outros estão na mesma ou pioraram. O Palmeiras contratou três bons reforços (Diogo Barbosa, Marcos Rocha e Lucas Lima), embora tenha perdido o único ótimo zagueiro (Mina). O Cruzeiro contratou Fred e Edílson, para posições que tinha grande carência, apesar de ter perdido Diogo Barbosa.

Quando era técnico da seleção, Mano Menezes barrou Fred, com razão, pois sonhava com algo melhor para uma grande equipe, ainda mais que já tinha um artilheiro, Neymar. No Cruzeiro ou em qualquer time brasileiro, é diferente. Mano sabe da importância de ter um grande artilheiro, mesmo lento. Quando precisar de correria, de velocidade, pode colocar o touro Sassá.

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