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Por Mauro Zafalon  

12/10/2012 - 03h00

Fiesp vê pouca verba para pesquisa em agronegócio

Os recursos financeiros destinados a investimentos em pesquisas no agronegócio repassados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação são poucos e podem não se concretizar.

O saldo líquido disponível para este ano é de apenas R$ 12,6 milhões para novos projetos, na avaliação da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

No balanço de setembro, o ministério afirmou que o montante disponível para ser aplicado em 2012, por meio do Fundo Setorial do Agronegócio, seria de R$ 71,3 milhões.

Esse valor representa pouco do PIB do agronegócio de 2011, que totalizou R$ 917,6 bilhões.

Um agravante foi o contingenciamento de R$ 38 milhões do orçamento inicial, restando R$ 33,3 milhões. Desse total, R$ 20,7 milhões foram utilizados para pagar compromissos assumidos em anos anteriores e para as despesas de administração do fundo, segundo a Fiesp.

O resultado é um saldo líquido de apenas R$ 12,6 milhões para novos projetos, muito abaixo dos já insuficientes R$ 71,3 milhões previstos inicialmente, afirma a entidade.

Para 2013, estima-se um volume de recursos de R$ 81,3 milhões. A Fiesp considera que são necessários o incremento dos recursos e a efetiva disponibilização deles e que eles tenham critérios mais objetivos para que realmente sejam utilizados durante o período a que foram destinados.

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Mais soja Os novos números de oferta e demanda divulgados pelo Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) apontam produção de 77,8 milhões de toneladas nesta safra.

Acima A previsão do mês passado indicava 71,7 milhões. Com mais oferta, o Usda pode prever um consumo maior, de acordo com a AgRural. As exportações, agora, vão a 34,4 milhões de toneladas.

Açúcar As exportações deste ano somaram 11,5 milhões de toneladas e estão 3 milhões de toneladas abaixo das de janeiro a setembro de 2011. Um dos motivos foi a greve de servidores.

Preços Mas, se essa recuperação não ocorrer a partir de agora por falta de destinos para o açúcar, a situação se complica para os produtores, afirma Júlio Maria Borges, da JOB Economia e Planejamento.

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Produtor europeu não aceita mudança em biocombustível

Produtores e cooperativas europeus estão contra as mudanças da Comissão Europeia para a produção de biocombustível. A composição deverá ter apenas 5% de produtos vindos de cultivos agrícolas.

A imposição coloca em risco a própria decisão europeia de buscar ampliação da oferta dessa energia e de obter suficiência na produção de ração animal. Na utilização dos produtos alimentares e forrageiros para a produção de biocombustível, o que não se torna energia vai para ração.

Os produtores dizem que essa imposição vai contra os investimentos no setor. A área de plantio de colza saiu de 2 milhões de hectares, em 2000, para os atuais 6 milhões na União Europeia.

Essa limitação prejudica ainda a indústria, que investiu € 14 bilhões, gerando 100 mil empregos diretos.

vaivém

Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma mais de 38 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária.

 

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