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vaivém

Por Mauro Zafalon  

21/02/2013 - 03h00

CNA rejeita acordo de Monsanto com produtores

Após ter feito acordo com a Monsanto, a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) rejeitou os acordos individuais que a multinacional está apresentando aos produtores.
Na avaliação da CNA, esses acordos não obedecem os termos da "Declaração de Princípios" firmada anteriormente.

Os termos da declaração tratam exclusivamente dos royalties referentes ao uso da semente de soja RR1. Em comunicado, a CNA diz que o acordo ressalta o respeito a patentes, uma forma de incentivar a inovação e a tecnologia na agricultura.

A entidade não concorda, no entanto, com a inclusão no acordo individual do termo de licenciamento de outras tecnologias, como a soja Intacta RR2.

Rui Prado, presidente da Famato (federação de agricultura de MT), diz que a decisão da CNA é importante porque se soma à posição já defendida pela federação e outras entidades, como a Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de MT).

Prado reafirma que a discussão com a Monsanto tem como objetivo apenas a soja RR1, cuja patente está vencida, na avaliação dos produtores. Nessas discussões não entram modelo de cobranças e novas tecnologias, diz.

Para evitar problemas futuros, Prado diz que a Famato e a Aprosoja notificaram a Monsanto para obter judicialmente a patente da soja Intacta RR2.

Sidney Pereira de Souza Jr., do escritório Reis e Souza Advogados, que defende a Aprosoja, diz que a entidade quer o número de patentes da Intacta.

As duas entidades querem, ainda, o status atual das patentes ou os pedidos de patentes no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). No caso de já terem sido concedidos, querem o prazo de vigência.

A Monsanto afirmou ontem que entregou documento à CNA, federações de agricultura e sindicatos para atender às solicitações em relação ao questionamento do acordo assinado.

A multinacional diz que mantém o canal de negociação aberto com os produtores com o objetivo de aumentar a produtividade de soja da agricultura brasileira.

*

Avanço Os produtores brasileiros semearam 36,6 milhões de hectares com sementes geneticamente modificadas no ano passado. Essa área teve crescimento de 21% em relação à de 2011. Em 2010, eram apenas 25,4 milhões de hectares.

Produtos O Brasil, que tem a segunda maior área de plantio com sementes geneticamente modificadas, semeia soja, milho e algodão. Os dados são da Isaaa (um serviço internacional na área de agrobiotecnologia).

Líderes Os Estados Unidos, principal país na utilização de variedades modificadas, utilizaram 69,5 milhões de hectares em 2012, 0,7% mais do que em 2011. Além de soja, milho e algodão, os norte-americanos plantam canola, alfafa, legumes e frutas.

Dia de altas Os mercados de commodities de Nova York e de Chicago fecharam em alta ontem. O café, com evolução de 3,3%, se destacou no mercado nova-iorquino. Já o trigo, com alta de 0,9%, foi o destaque na Bolsa de Chicago.

Sinais 1 O Usda (Departamento de Agricultura) faz hoje o tradicional fórum agrícola "Outlook", em Washington. Realizado desde 1923, os conferencistas tentam dar sinais do ano agrícola.

Sinais 2 O encontro tentará discutir, além da safra 2013/14, os riscos que se apresentam à agropecuária neste século. Serão divulgados dados de área e produção.

*

Poucos negócios derrubam preço do algodão

Os preços do algodão em pluma estão em queda no mercado interno. Segundo o Cepea, a diminuição das vendas após a semana do Carnaval explica a redução nos preços. Pesquisa realizada pela Folha também mostra queda de 1,7% no valor do pluma neste mês.

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Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma mais de 38 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária.

 

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