Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 

valdo cruz

 

22/03/2011 - 07h01

Em nome de Lula

Dilma Rousseff, presidente brasileira, fará sua segunda viagem internacional na próxima semana. Programou visita a Portugal. Deve passar quatro dias em terras portuguesas. Vai se reunir com o presidente português, Anibal Cavaco Silva, e o primeiro-ministro, José Sócrates Carvalho. Os encontros devem acontecer no dia 31 de março.

O real motivo da viagem a Portugal, porém, acontecerá no dia anterior. No dia 30 de março, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai receber o título de doutor honoris causa da Universidade de Coimbra.

Dilma, ex-ministra de Lula, a quem deve sua eleição para Presidência da República, faz questão de estar presente no evento em que o ex-chefe será agraciado.

Nas palavras de um assessor, a viagem de Dilma faz parte dos sinais que tem enviado e pretende continuar enviando aos "profissionais de intrigas de plantão", que, segundo ele, insistem em criar atritos inexistentes entre os dois.

Um aliado de Dilma e Lula faz questão de destacar que, apesar das diferenças de estilo, os dois jamais entrarão em atrito. A atual presidente reconhece que, sem Lula, não teria chegado ao cargo máximo do país.

Diferenças de estilo que, por sinal, estão agradando inclusive a oposição. A presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em Brasília durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi mais uma demonstração da avaliação positiva que faz dessa fase inicial da gestão da petista.

FHC, durante a campanha, não poupou críticas em relação à então candidata Dilma. Passada a eleição, porém, e diante dos primeiros meses da administração da petista, o tucano emite sinais de aprovação sobre o comportamento da atual presidente.

Fernando Henrique Cardoso segue como principal referência dentro do PSDB, apesar de muitos amigos dentro do seu partido insistirem em não reconhecer esse seu papel. Suas últimas declarações favoráveis a Dilma Rousseff devem estar deixando o grupo de José Serra bastante contrariado, que no início do atual governo ensaiou críticas contra os primeiros atos da petista.

Coincidência ou não, os serristas recolheram sua artilharia. Até quando? A conferir nos próximos lances da disputa pelo comando do PSDB.

valdo cruz

Valdo Cruz é repórter especial da Folha. Cobre os bastidores do mundo da política e da economia em Brasília. Escreve às segundas-feiras.

 

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página