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22/09/2011 - 07h59

Rótulos de microcervejarias de todo o Brasil chegam pela primeira vez a São Paulo

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SANDRO MACEDO
DE SÃO PAULO

Uma revolução toma corpo no mercado de cervejas nacionais. Antes restritos aos seus guetos, rótulos de cantos diversos do país, de Gramado (RS) a Belém (PA), ganharam espaço na capital paulista nos últimos meses (veja abaixo preço médio, onde encontrar e avaliação).

Melhor, essa produção artesanal também não é privilégio exclusivo de bares especializados. Ainda que eles sejam os principais focos de consumo, vários rótulos já são encontrados em lugares antes insuspeitos, como o Rota do Acarajé, mais conhecido pelos seus quitutes ou pela carta de cachaças.

Editoria de Arte/Folhapress

Na casa da Santa Cecília (região central de São Paulo), Luísa Inês Saliba conta que o número de cervejas aumentou de 60 para "umas 150" nas últimas semanas. E as artesanais brasileiras são responsáveis por esse volume.

"Em cada lugar que vou, descubro uma novidade, gosto e incluo na carta", conta. Entre suas visitas, Luísa conheceu a microcervejaria Falke, produtora da Estrada Real, cerveja do estilo "india pale ale", tipicamente inglês.

"Esse consumidor que hoje se interessa pelas cervejas nacionais é o mesmo que compra as importadas, mas está curioso com a nossa oferta", diz Paulo Almeida, dono do Empório Alto dos Pinheiros, casa com uma das maiores ofertas do país: 400 rótulos, 120 deles brasileiros.

O caminho percorrido por várias produtoras agora já foi trilhado por empresas que, hoje, têm espaço até em supermercados, como a Colorado, a Baden Baden (ambas do interior paulista) ou a Eisenbahn (Blumenau) --as duas últimas, inclusive, foram incorporadas a Schincariol.

CRIATIVIDADE
Entre as características da produção artesanal brasileira, a criatividade sobressai. É possível encontrar fórmulas nacionais que usam desde o bacuri (novidade da paraense Amazon) até raspas de laranja (na mineira Três Lobos, outra "india pale ale").

Editoria de Arte/Folhapress

Apesar de as referências para se fazer cervejas no país serem europeias, esse estilo original encontra eco no mercado americano, que conta com mais de 1.500 opções artesanais. Lá como cá, várias cervejas de qualidade nasceram como hobby.

"Qualquer cidade americana tem uma loja com suprimento de 'homebrew' [para fabricação caseira]", afirma Alessandro Oliveira, um dos sócios da Way, marca de Curitiba que já tem o chope no Empório Alto dos Pinheiros e deve lançar sua versão engarrafada no próximo mês.

Ronaldo Rossi, sommelier de cerveja e dono da Cervejoteca, dedica espaço especial para as nacionais, um terço das 350 da casa. Sobre o momento do mercado, ele comenta: "Esse interesse passou pela gastronomia, vinhos importados, cachaças. Agora, chegou a vez da cerveja."

 

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