Auxiliar de enfermagem suspeita de injetar leite em bebê é indiciada

A auxiliar de enfermagem Maria Neusa Neri Leão, 55, foi indiciada sob suspeita de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) após prestar depoimento nesta quarta-feira no 51º DP (Rio Pequeno) de São Paulo.

A pena prevista é de 1 a 3 anos de prisão. Maria Neusa é suspeita de injetar 10 ml de leite materno na veia de um bebê de 12 dias que estava internado no hospital municipal Professor Mario Degni (zona oeste), no dia 7 de novembro. A informação é do telejornal "SPTV", da Rede Globo.

O advogado da auxiliar de enfermagem, Roberto Vasconcelos da Gama, afirma que Maria Neusa diz que se lembra de ter feito foi o procedimento correto.

"Ficou evidenciado o erro de procedimento que desencadeou o óbito", afirmou a delegada Nayara Duque, responsável pelo caso.

A polícia vai analisar o laudo da perícia e o prontuário médico do bebê. O Conselho Regional de Enfermagem também investigará o caso.

CASO

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, Kauê Abreu dos Santos nasceu prematuro e estava internado na UTI.

De acordo com depoimento do pai da criança, sua mulher deixava leite materno em um frasco todos os dias no hospital, para que bebê fosse alimentado por sonda nasal. Além do leite, o menino recebia medicamento pela veia.

Ainda segundo o relato do pai à polícia, no momento em que o bebê recebeu o leite pela veia --em vez do medicamento--, a equipe do hospital contava com dois médicos, uma enfermeira e cinco auxiliares, segundo a secretaria.

De acordo com a secretaria, depois de 30 minutos a equipe médica percebeu que o recém-nascido teve queda no nível de oxigênio. Seu estado de saúde piorou, e ele morreu horas depois.