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José Aderaldo Castello (1921-2011) - Estudioso da literatura brasileira
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ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Um professor de literatura mudou a cabeça de José Aderaldo Castello. Cearense de Mombaça, o rapaz veio a São Paulo decidido a fazer direito. Mas as aulas de literatura no cursinho foram tão impactantes que, no fim, fez letras.
Formou-se nos anos 40, na USP, em letras clássicas, numa turma de sete pessoas.
Por pouco tempo, deu aulas no Mackenzie e, logo depois, começou na USP, onde seguiria até o fim da carreira.
De meados dos anos 60 até 1981, o professor dirigiu o IEB (Instituto de Estudos Brasileiros), que fora fundado por Sérgio Buarque de Holanda.
Castello foi um dos primeiros estudiosos de literatura do país a usar microfilmagens em pesquisas. Com uma câmera Leica, criou uma engenhoca que registrava os documentos em filmes Kodac.
Reuniu, assim, um "mar de fac-símiles", como contou a professora Telê Porto Ancona Lopez na cerimônia de outorga do título de professor emérito ao amigo, em 2001.
De 1957 a 1980, Castello pesquisou profundamente o movimento academicista, o que resultou na publicação de 17 volumes de documentos. Também escreveu, entre outros, "A Literatura Brasileira: Origens e Unidade (1500-1960)" e "Presença da Literatura Brasileira", antologia feita com Antonio Candido.
Segundo o neto Paulo, o avô era bem-humorado e um grande apreciador de vinhos.
Casado com Yara, teve uma filha, Clara, que morreu em 2004 de embolia pulmonar.
Sua saúde piorou após quebrar o fêmur numa queda. Morreu na quinta, aos 90. Pediu para que suas cinzas fossem jogadas no mar, como as da filha. Teve dois netos.
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