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Governo faz teste com celular para aviso de catástrofes naturais
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SOFIA FERNANDES
DE BRASÍLIA
O governo federal estuda usar as redes de telecomunicações do país para enviar alertas de risco de desastre natural. A ideia é que, em caso de perigo, um sinal seja enviado para a torre de telefonia da região, que acionaria todos os celulares a ela conectados com um aviso de alerta e a indicação para onde ir.
SP tem 11 municípios entre os prioritários para prevenção de desastres
O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, afirmou nesta sexta-feira que há um teste em andamento em local de grande incidência de chuvas e deslizamentos na Grande São Paulo.
Para o sistema funcionar, é necessário fazer o estudo geotécnico da região em risco. Até 2014, o governo espera ter feito a análise de todas as 250 áreas de forte risco de deslizamento. Atualmente, apenas 56 têm o estudo completo.
Mercadante anunciou hoje outras medidas para evitar mortes em episódios de chuvas intensas. A mais imediata é que Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, prometido para novembro, vai começar a funcionar em esquema de plantão a partir de sábado (17).
Em 2012, o governo tem prevista a compra de 2.800 pluviômetros, para serem instalados em regiões de risco e nas comunidades, que deverão ser treinadas a ler o medidor e a identificar os níveis perigosos.
MORTES
O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do ministério, Carlos Nobre, afirmou que não há registro no mundo de sistema eficiente o bastante para evitar mortes por desastres naturais.
Segundo Nobre, é possível reduzir a chance de morte em 80%, contanto com uma Defesa Civil eficiente e com um nível de conscientização da população mais elevado.
O ministro da Ciência afirmou ontem, no Senado, que o governo não tem como impedir mortes por causa de deslizamentos e enchentes.
No Brasil, 58% dos desastres naturais são provocados por inundações, e 11% por escorregamentos - sendo esta última a principal causa de mortes.
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