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Yolanda Setubal (1924-2011) - Religiosa que ajudou os pobres
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ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Em Manaus (AM), Yolanda Setubal escolheu morar na periferia. Coerente com seus princípios, acreditava que, se ia trabalhar com os pobres, tinha de viver como os pobres. Yolanda pertencia à família que controla o Itaú, o maior banco privado do país.
Nascida em São Paulo, era filha do advogado Laerte Setubal. Seu primo Olavo foi prefeito de São Paulo, ministro das Relações Exteriores e um dos banqueiros mais conhecidos do Brasil. Seu irmão Laerte Filho é membro do conselho da Itaúsa, que controla as empresas do grupo.
Em 1946, Yolanda entrou para a congregação Nossa Senhora Cônegas de Santo Agostinho. Concluiu o noviciado na Bélgica e tornou-se então a madre Maria Júlia.
De volta ao Brasil, foi uma das diretoras do colégio Nossa Senhora do Morumbi. Saiu de lá após se ligar à Teologia da Libertação. Foi se dedicar às comunidades eclesiais de base na zona leste da capital.
"Ela saiu da diretoria de um colégio que educava as elites e optou pelas comunidades pobres", conta a socióloga Maria Alice Setubal, filha de Olavo Setubal.
Em Manaus, um centro cultural ganhou seu nome. Trabalhou ainda em Goiânia, integrou grupos de estudos no Sedes Sapientiae, em SP, e dirigiu sua congregação, cuja história estava escrevendo.
Há pouco tempo, ainda fazia questão de andar de ônibus. Era culta e discreta, contam suas amigas religiosas.
Morreu na segunda (12), dia em fez 87 anos, devido a uma embolia. A missa do sétimo dia será amanhã, às 11h, no colégio Madre Alix, na alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1.555, em São Paulo.
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