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Coleta seletiva falha e lixo se acumula em diversos pontos de SP
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NATÁLIA CANCIAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
Caminhões da coleta seletiva de lixo deixaram de passar em diversos pontos de São Paulo nas últimas semanas, o que tem causado transtornos para os moradores.
Na Aclimação, zona sul de São Paulo, edifícios já começam a levar as caçambas de lixo reciclável para dentro das garagens para tentar liberar as calçadas.
O sumiço dos caminhões preocupa. "Se ficar assim, vai tomar toda a garagem", diz o porteiro Alan Santos, 22. Segundo ele, a última coleta ocorreu antes do Natal. "Depois, não passou mais".
Moradores se assustam. "Ontem estava uma coisa de outro mundo", diz o aposentado Miguel Plácido, 93, sobre as caçambas cheias nas ruas após a data da coleta.
O problema se repete em outras regiões. Há relatos de atrasos na Vila Mariana, Jabaquara, Santo Amaro, Vila Prudente e Cidade Ademar. Nestes locais, muitos já deixam de separar o material reciclável ou entregam os sacos com o lixo comum.
Os constantes atrasos na coleta fizeram com que a psicóloga Salete Assis, 54, nem cogitasse esperar o dia de passagem dos caminhões.
"Eu mesma separo e levo em uma cooperativa. Acho mais confiável", afirma.
ARGUMENTOS
A coleta seletiva nas áreas citadas é de responsabilidade da Ecourbis, uma das duas empresas contratadas pela prefeitura para fazer o serviço. Cabe à prefeitura fiscalizar o trabalho.
O presidente da Ecourbis, Nelson Domingues, diz que o problema ocorre porque as centrais de triagem do lixo não têm mais espaço. "Os caminhões enchem e não tenho para onde levar. Não é falta de coleta. Estamos coletando demais."
A prefeitura disse que está notificando as empresas e que irá implantar quatro novas centrais de triagem "a curto prazo".
A falha acontece em plena negociação da revisão dos contratos das concessionárias, que está emperrada. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas calculou em 21% o aumento para as duas empresas (Ecourbis e Loga), R$ 10,8 milhões por mês para cada uma.
Com a renegociação, as empresas terão de fazer também coleta por contêineres e trabalhar aos domingos, além de construir 17 centrais de triagem. Sem o aumento, as empresas decidiram não dar início aos novos serviços.
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