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20/01/2012 - 17h49

Helicóptero que caiu no DF teria pousado em estacionamento

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CAROLINA SARRES
DE BRASÍLIA

O helicóptero que caiu no início da noite de ontem (19), às margens do Lago Paranoá, em Brasília, teria feito pouso e decolagem em local inapropriado: no estacionamento de um restaurante.

Segundo a Folha apurou, a aeronave decolou de área destinada aos automóveis dos clientes que frequentam uma churrascaria, também às margens do lago. Os três passageiros do helicóptero estavam no local antes do acidente.

Funcionários do restaurante, que não quiseram se identificar, afirmaram que é "comum" que alguns clientes usem helicópteros para chegar ao local -- que não tem um heliponto, área apropriada para receber as aeronaves.

De acordo com o Código Brasileiro de Aeronáutica, "aeródromos" são a área destinada a pouso, decolagem e movimentação de aeronaves -- classe na qual se enquadram os helipontos.

Diferentemente dos heliportos -- que são públicos --, os helipontos particulares não têm a obrigatoriedade de oferecer instalações e facilidades para o apoio de operações e de embarque e desembarque de passageiros.

Ainda assim, os helipontos não podem ser utilizados sem haver cadastramento prévio. Segundo o art. 30, §1º do código, "os aeródromos públicos e privados serão abertos ao tráfego através de processo, respectivamente, de homologação e registro".

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou que possíveis punições recairiam sobre o piloto e o proprietário do helicóptero, caso haja irregularidade quanto ao local de pouso de decolagem. O piloto está sujeito à perda da licença. O dono da aeronave poderá ter de pagar multa. O estabelecimento, no entanto, não é penalizado.

INVESTIGAÇÕES

Segundo o capitão Wellington da Silva, do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes), responsável pelo caso nesta sexta-feira, o acidente ainda está sob investigação.

A perícia no local foi concluída hoje e a aeronave do modelo Robson 44 está sendo transportada até Goiânia, local de origem, onde as investigações continuarão sem prazo para serem concluídas.

"Ainda é muito cedo para tirar conclusões ou afirmar o que aconteceu. Até o momento, a perícia foi apenas uma peça no quebra-cabeça", afirmou o capitão da Silva.

De acordo com ele, os três passageiros e o piloto do helicóptero saíram ilesos do acidente e já prestaram depoimento ao Cenipa.

Ontem, os passageiros teriam abandonado o local do acidente, comunicando aos bombeiros que iriam trocar de roupa e não retornaram. Até então, suas identidades eram desconhecidas às autoridades.

Hoje, no entanto, o Cenipa informou que os passageiros apenas se ausentaram do local, mas que foram contatados em seguida para prestar depoimentos. As identidades não foram reveladas.

 

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