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18/06/2012 - 21h50

Defensoria já propôs 600 ações para ex-moradores do Pinheirinho

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LUIZA BANDEIRA
DE SÃO PAULO

A Defensoria Pública de São Paulo já propôs cerca de 600 ações à Justiça pedindo indenizações por danos morais e materiais para ex-moradores da ocupação Pinheirinho, em São José dos Campos (97 km de São Paulo).

A área, que pertence ao empresário Naji Nahas, foi desocupada pela Polícia Militar em janeiro.
O defensor público Jairo dos Santos disse que, nos últimos meses, foram pedidas indenizações de até R$ 80 mil para cada família.

Os ex-moradores afirmam que perderam móveis e que seus animais de estimação morreram durante a desocupação da área. Dizem ainda que houve uso de força excessiva da PM, disparo indiscriminado de balas de borracha, ofensas e ameaças.

"Teve gente que perdeu pouca coisa, armário de cozinha, jogo de panela. Mas outros perderam quase tudo e ficaram com sequelas. Há crianças que não conseguem ouvir barulho de helicóptero ou ver um carro da polícia", diz o defensor.

Segundo ele, a Defensoria deve propor mais cem ações de moradores nesta semana. As ações responsabilizam a massa falida da Selecta, dona do terreno, o governo de SP e a prefeitura de São José.

Um dos líderes do Pinheirinho, Valdir Martins, o Marrom, disse que o número de ações deve aumentar, porque algumas famílias, "espalhadas pela cidade", ainda não sabem dos pedidos. À época da desocupação, cerca de 1.500 famílias viviam na área.

Segundo Marrom, líderes do movimento irão ao Conselho Nacional de Justiça discutir o caso Pinheirinho.

O governo de SP disse, por meio de nota, que a ação da PM "foi pacífica e não houve abusos" e que irá apresentará defesa à Justiça.

A prefeitura de São José disse que os pedidos não procedem e que sua única participação na reintegração foi conceder abrigo aos ex-moradores. A reportagem não conseguiu contato com a massa falida da Selecta.

 

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