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Ministro diz que impacto do reajuste para servidores passa de R$ 14 bi
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KELLY MATOS
DE BRASÍLIA
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou nesta quinta-feira que o governo considera o valor de R$ 14 bilhões como um montante inicial de impacto nas contas públicas em relação aos reajustes para servidores.
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O ministro, no entanto, não deu detalhes sobre as tratativas, mas garantiu que o governo fará agora uma negociação longa, "carreira por carreira".
"O Planejamento é que está cuidando desse tema. Esse [R$ 14 bilhões] era um número inicial, depois isso vai mudando, vai depender um pouco da própria negociação. Ele pode sofrer alteração. Porque nós vamos ter uma negociação longa agora com o funcionalismo, carreira por carreira", disse o ministro.
De acordo com Gilberto, o governo espera que agora "prevaleça o bom senso". "E aqueles que diziam que o governo não tinha proposta, não dialogava, agora tem proposta, estamos dialogando. Que prevaleça o bom senso", disse.
Gilberto Carvalho participou da abertura da exibição do filme "Heleno", no auditório do Palácio do Planalto. O Cine Planalto, voltado a servidores do Palácio, exibe produções nacionais quinzenalmente aos funcionários. O evento de hoje contou com a presença dos atores Rodrigo Santoro e Cláudia Abreu. Cerca de 180 pessoas participaram da exibição.
ANGÚSTIA
Durante a abertura da sessão, o ministro Gilberto Carvalho fez um discurso emocionado, exaltando a importância do evento e dos servidores do Palácio. Em sua fala, o ministro também aproveitou para desabafar sobre ações que o governo gostaria de fazer, mas não consegue.
"Estamos no governo faz oito anos e pouco e temos de um lado uma tensão danada, uma angústia desgraçada, porque muito do que a gente queria fazer, nós não fizemos. Mas temos também uma alegria imensa de ver que algumas coisas alterando, algumas coisas foram mudando sobretudo aquilo que eu chamo de partilha do pão, de poder incluir aqueles que até agora estavam fora, estavam sem a possibilidade de ter um mínimo de cidadania".
Questionado se a fala se referia, por exemplo, aos reajustes para servidores, o ministro desconversou. "Não. É muito mais que isso. É acabar com a fome de uma vez, é ampliar a cultura, a acesso, tudo isso", disse.
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