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Vídeo contradiz faculdade sobre morte de estudante em SP
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LETÍCIA MORI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um vídeo gravado por um aluno da FMU (Faculdades Metropolitanas) contradiz a versão da instituição sobre a morte da estudante Angelita Pinto Simões Caldas, 28, na última quinta-feira (25), dentro da unidade do Itaim Bibi (zona oeste de São Paulo).
Após 10 minutos, é difícil sobreviver a parada cardíaca
Desesperados, alunos abanavam e ligavam para o resgate
Faculdade havia sido multada por falta de desfibrilador
Alunos protestam em frente à faculdade onde aluna morreu
Angelita morreu após ter uma parada cardíaca e desmaiar durante uma aula do curso de ciências contábeis, do qual era aluna do 1º semestre.
A FMU afirmou na sexta-feira, em nota, que o socorro foi pedido às 21h40 e que o primeiro atendimento, dado pelos bombeiros, foi feito às 21h51.
Pela versão da faculdade, teriam se passado apenas 14 minutos desde que a universitária começou a passar mal até o atendimento. A Secretaria Municipal de Saúde disse na sexta que o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou ao local às 22h05.
Mas um vídeo gravado pelo estudante Rodrigo Dias mostra um relógio marcando 22h11 enquanto uma aluna faz uma massagem cardíaca em Angelita. Nem os bombeiros nem o Samu estavam prestando atendimento à estudante naquele momento.
Um outro vídeo exibe um bombeiro chegando ao local, alguns minutos depois. As imagens não mostram Angelita passando mal, mas, segundo alunos e o professor que dava aula na hora, Alfredo Meletti, 47, isso aconteceu às 21h30.
Segundo esta versão, teriam se passado pelo menos 42 minutos entre a aluna passar mal e o atendimento feito pelos bombeiros.
Reprodução/Facebook | ||
A universitária Angelita Caldas, 28, que morreu em consequência de uma parada cardíaca dentro de sala na FMU |
ATENDIMENTO
Segundo especialistas, o atendimento rápido em casos de parada cardíaca é essencial para aumentar as chances de sobrevivência do paciente.
José Carlos dos Santos, 44, marido de Angelita, afirmou na sexta que vai processar a faculdade por não ter prestado o devido socorro.
Angelita sofria de arritimia e havia parado de tomar o remédio fazia cerca de um mês, após visitar o médico, segundo o marido.
"Mas ela estava bem. Se tivesse sido socorrida a tempo, talvez estivesse viva", disse ele.
A reportagem tentou entrar em contato com a FMU neste sábado por telefone e por e-mail, mas não recebeu resposta.
Questionada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde manteve os horários informados na sexta.
Segundo a pasta, o Samu foi acionado às 21h46 e chegou ao local às 22h05. A secretaria disse ainda que "desde a chamada até a chegada da ambulância ao local, o atendente permaneceu na linha com o solicitante passando as orientações de como deveria conduzir a situação até a chegada da equipe".
O Corpo de Bombeiros afirmou que trabalha para que o tempo de resposta entre a chamada e a chegada da viatura seja o menor possível e que está apurando os horários relativos ao atendimento feito na quinta.
Angelita foi enterrada na sexta-feira à tarde, em Itapecerica da Serra, e deixou uma filha de dez anos.
Editoria de arte/Folhapress | ||
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