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31/08/2012 - 22h01

Procuradoria investiga prisão de defensores de direitos humanos na PB

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DE SÃO PAULO

O Ministério Público Federal na Paraíba vai investigar a prisão de defensores dos direitos humanos durante visita à penitenciária de segurança máxima Romeu Gonçalves Abrantes, em João Pessoa.

Membros do Conselho Estadual dos Direitos Humanos, entre eles uma defensora pública federal, dizem que foram impedidos de sair da penitenciária na terça-feira (28) após uma inspeção para verificar denúncias de maus-tratos. Eles ficaram detidos por três horas no hall.

"Não diziam o porquê e não permitiam que saíssemos nem para pegar o telefone e avisar alguém", diz o presidente do conselho, padre João Bosco do Nascimento. "Também queriam levar nossa câmera [fotográfica], que usamos na fiscalização."

A Secretaria de Administração Penitenciária nega a prisão, mas confirma que a direção do presídio impediu a saída dos conselheiros após o grupo pedir para um preso fotografar as celas.

Nascimento diz que a equipe tomou essa atitude após ser impedido de entrar na área do presídio que era alvo da maior parte das denúncias. "Não vejo crime nisso."

Nas imagens, os presos aparecem nus, em salas escuras, apertadas e sujas, sem colchão nem banheiro.

Durante a inspeção, os presos relataram que não tinham acesso a água potável e não tomavam banho de sol há quatro meses. Também disseram que um deles havia morrido após tortura.

Procurado pela reportagem, o secretário de Administração Penitenciária, Washington França, disse que os problemas de infraestrutura tiveram origem em uma rebelião ocorrida em maio.

Ele também afirmou que parte dos presos foi colocada em salas "improvisadas" para que a equipe pudesse fechar um túnel, descoberto no sábado, que seria usado para a fuga dos detentos.

Ainda segundo França, uma sindicância foi instaurada para apurar as condições da prisão dos conselheiros e as denúncias de maus-tratos aos presos. (NATÁLIA CANCIAN)

 

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