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18/09/2012 - 17h47

Moradores da favela do Moinho planejam reconstruir casas no mesmo local

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DA AGÊNCIA BRASIL

Moradores da favela do Moinho, que teve 80 barracos destruídos por um incêndio na manhã de ontem, na região central de São Paulo, planejam a reconstrução das moradias no local. Nesta terça-feira (18), vizinhos ajudavam na retirada do entulho em meio à fumaça que persistia do fogo que matou uma pessoa e desabrigou 300 pessoas.

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"É só limpar o que dá e subir [construir com] a madeira que tiver. Não dá para as pessoas dormirem na rua", justificou um dos moradores que ajudou na remoção, mas que não quis se identificar.

A cozinheira Denize Agnes da Silva, 33, foi uma das pessoas que passaram a madrugada na rua. Esta é a segunda vez que ela perde todos os seus pertences em decorrência de incêndio. "Já passei por isso no ano passado. Perdi tudo e precisei reconstruir", relatou. Em dezembro passado, outro incêndio atingiu a favela, deixando 1,2 mil pessoas desabrigadas e duas pessoas mortas.

A família da aposentada Marinalva Conceição, 59, também passa por situação parecida. No último incêndio, foi a sua filha, Mileide Conceição, que teve a casa consumida pelas chamas. "A gente não está aqui porque quer. O que a gente precisa é de moradia digna. Não adianta mandar a gente para abrigo", reivindica a moradora.

O risco de incêndio na comunidade ainda assombra os moradores do Moinho. "Hoje de manhã teve outro foco que foi controlado pelos próprios moradores. Mesmo quem não teve a casa atingida, como eu, está receoso de outro acidente", disse a operadora de caixa Tatiana Souza Gomes, 34.

De acordo com a Defesa Civil do município, as famílias receberam kits de emergência com colchões, cesta básica e itens de higiene, e ainda foram encaminhadas para abrigos municipais, quando não tinham outra opção. O secretário de Coordenação das Subprefeituras do município, Ronaldo Camargo, informou ontem que as famílias devem receber auxílio-aluguel até que as casas para onde serão transferidas estejam prontas.

Segundo o secretário, o conjunto habitacional contemplará 1,3 mil famílias e está ficará próximo à ponte dos Remédios, na zona oeste da capital.

 

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