Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/09/2012 - 00h00

Helena Aparecida Pena (1950-2012) - Cabeleireira, historiadora e cantora

Publicidade

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Por causa do timbre de voz, grave, brincavam que Helena Aparecida Pena --ou Helena Penna, em seu nome artístico-- era a Mercedes Sosa de Minas Gerais. Há ainda quem a compare, não só na voz como na aparência, com a cantora de jazz Sarah Vaughan.

Leia sobre outras mortes

Nascida em São Bernardo do Campo (SP), logo se mudou para Diamantina (MG). Foi lá que, aos cinco anos, apresentou-se pela primeira vez num concurso realizado por um parque de diversões.

Na adolescência, foi para Belo Horizonte, onde o irmão Zé Maria Pena jogou no Atlético Mineiro, na década de 70.

Helena cantou em igrejas, corais e integrou grupo de teatro. Mas sua renda vinha de outra atividade: cabeleireira. Chegou a ter o próprio salão.

De dia, trabalhava, e, à noite, decidiu estudar história, curso no qual se formou.

Em 1995, gravou seu primeiro disco, "Marias", e logo em seguida ganhou o Prêmio Sharp na categoria revelação. Em 1997, fez "Belôricéia", CD em homenagem a BH.

Ganhou destaque, apresentou-se em Cuba e na Itália, mas nunca conseguiu viver de música. Sua carreira ficou estagnada, como conta Jorge Fernando, amigo e coprodutor do segundo álbum.

Manteve o salão até 2008, quando um derrame (sofreria três) afetou seus movimentos.

Com diabetes, perdeu os rins e teve de amputar uma perna. Precisando de recursos, Jorge montou uma coletânea e organizou um show, em julho, com convidados. A renda foi revertida para a cantora, que morreu na sexta, aos 62. Solteira, não teve filhos.

A missa do sétimo dia será amanhã, às 19h, na igreja Matriz de São José, em BH.

coluna.obituario@uol.com.br

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página