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Joaquim Maria Dias de Castro (1936-2012) - Mestre Cupijó, reinventor do siriá
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ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Joaquim Maria Dias de Castro começou como clarinetista, mas só foi ficar famoso com as notas que tirou de seu sax. Ele trocou de instrumento quando a banda da cidade precisou de um substituto para o saxofonista que morrera.
Mestre Cupijó, como ficou conhecido, nasceu em Cametá (PA), cidade de 120.896 habitantes. Seu pai, Vicente, era professor de música e maestro da Banda Sociedade Euterpe Cametaense, uma das mais antigas do Estado --surgiu em 1874. Cupijó começou a estudar música aos 12 anos.
Sua importância está no fato de ter reinventado o siriá, música típica de sua região que era cantada pelos negros.
Para que o ritmo não desaparecesse, Cupijó retomou-o, acelerando a batida e incluindo arranjos de sopro. Seu siriá faria sucesso nos anos 70 e seria gravado por Fafá de Belém e até por Roberto Leal.
Teve seis LPs e uma coletânea lançados, como conta o filho Osvaldo, músico. Mas nunca sobreviveu da arte.
Em Cametá, de onde não gostava de sair nem para tocar, foi vereador e advogado provisionado (não fez faculdade, mas era autorizado pela OAB a exercer a profissão).
Também trabalhou como funcionário público estadual, a exemplo da mulher, Alzira.
Era sério e de pouco falar --gostava mais de escutar. Tinha como passatempo ir de bicicleta ao terreno onde plantava, cuidava de animais e acabava compondo músicas.
Fumou por muitos anos. Sofria de câncer de pulmão e de próstata. Hospitalizado, pegou uma pneumonia e morreu na terça (25), aos 76, de falência de órgãos. Seu cortejo foi realizado com música. Teve 8 filhos, netos e bisnetos.
coluna.obituario@uol.com.br
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