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Aeroporto de Viracopos não deveria ter sido fechado, diz Azul
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MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO
A Azul acredita que o acidente com o cargueiro MD-11 da Centurion no aeroporto de Campinas (a 93 km de São Paulo) durante o fim de semana não precisava ter causado a interdição da pista por mais de 45 horas.
Editorial: Fiasco em Viracopos
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Viracopos leva 45 horas para tirar avião quebrado da pista
A interdição deverá custar cerca R$ 20 milhões à companhia. "A empresa ficou praticamente paralisada. Vivemos a pior crise possível em termos operacionais para uma companhia aérea", diz Gianfranco Beting, diretor de comunicação e marketing da Azul.
Pelos cálculos da Embraer, fabricante dos jatos operados pela Azul, seria possível utilizar 1.700 metros da pista e ainda sobrariam 500 m de área de escape.
A pista de Viracopos é uma das maiores do país, com 3.240 metros de comprimento. O aeroporto de Congonhas (na zona sul de São Paulo) tem uma pista de 1.700 m e o Santos Dumont, de 1.443 m.
A Azul solicitou por a liberação da pista para a Infraero, mas diz que não recebeu resposta. "Não nos disseram nem sim nem não, simplesmente não responderam", diz Beting.
Procuradas, a Infraero e a Anac confirmam a solicitação da Azul, mas informaram que o pedido estava "incompleto" e que seria preciso mais informações técnicas para poder liberar a pista.
Não é incomum utilizar uma pista parcialmente. Em aviação, isso é conhecido como operação com cabeceira deslocada.
Marcelo Justo/Folhapress | ||
Equipes trabalham para retirar o cargueiro MD-11 da Centurion Cargo, que teve um pneu estourado durante pouso |
Os estudos elaborados pela Embraer levaram em consideração eventos de crise, como uma operação com apenas um motor com carga máxima. Ainda assim, explica Beting, o avião passaria a uma distância de 60 metros acima do cargueiro.
O acidente aconteceu na noite de sábado e o avião só foi liberado na segunda-feira às 17h30. Para o diretor da Azul, o prazo "aceitável" para a remoção do avião seria de até 10 horas.
Os cálculos de prejuízo incluem os gastos com a transferência de passageiros para outras companhias, hotel, táxi, alimentação, entre outros. E pode ser ainda maior, quando as ações judiciais começarem a pipocar. "O cliente não quer saber, ele comprou passagem da Azul", diz Beting, que passou a noite de sábado em claro tentando aplacar a ira dos clientes nas redes sociais. "O dano à nossa imagem é incalculável."
Para tentar minimizar os danos, a empresa voluntariamente interrompeu as vendas de passagens para o curto prazo, durante dois dias.
Além de ser base operacional da Azul, empresa que detém 14% do mercado nacional, Viracopos é o principal polo de carga da América Latina. Cerca de 80% dos voos da Azul estão concentrados em Viracopos. Com o acidente, a empresa ficou com 15 aviões, ou 40% da sua frota de jatos, "trancados" no aeroporto.
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