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21/10/2012 - 17h11

Médico responsável pelo laudo psiquiátrico afirma que não examinou o atirador

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DE SÃO PAULO

O médico que concedeu o atestado para a interdição de Fernando César de Gouveia, 33, o atirador que feriu três pessoas antes de se entregar à polícia na semana passada, disse à rádio CBN que não conhecia o rapaz.

Na quinta (18), o oficial de Justiça, um advogado e uma equipe de profissionais de saúde foram à casa de Gouveia para cumprir um mandado de interdição contra ele.

A decisão de interditá-lo foi baseada em laudos psiquiátricos que concluíram que o administrador é esquizofrênico e precisava de tratamento. O pedido da internação foi feito pela mãe dele, a professora Leni Behmer César, 65.

O psiquiatra Antônio Aragão responsável pelo laudo afirmou que não conhecia o rapaz.

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"[a mãe de Fernando] Ela encontrou o nome da minha empresa na internet e veio para cá à minha procura, trazendo informações sobre a necessidade que o fernando tinha uma avaliação e possível internação."

O atestado foi construído "baseado no que ela me trouxe de informação, sobre a história deles, sobre o seu passado, sobre o tratamento anterior", disse Aragão.

"Foi visto que havia uma necessidade. E foi isso que eu atestei: que havia uma necessidade de ser levado para uma avaliação a nível hospital. Aí poderia haver uma necessidade de internação", afirmou à CBN.

Segundo o médico, o procedimento é normal quando o vítima não está de acordo com o tratamento.

O administrador Fernando César de Gouveia disse ao seu advogado e à Polícia Civil que agiu em legítima defesa, pois pensou que as seis pessoas entraram em sua casa para roubá-lo. Por isso efetuou os disparos.

 

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