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21/11/2012 - 06h30

São Paulo tem mais mortos que faixa de Gaza, diz ministro

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DE BRASÍLIA

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) comparou ontem a violência em São Paulo com a situação na faixa de Gaza.

Mapa mostra os casos de mortes a tiros na Grande SP
Grande São Paulo tem chacina, nove mortos e ônibus incendiado

"Estávamos alarmados com os mortos da Palestina, [mas] as estatísticas mostram que, só na Grande São Paulo, você tem mais gente assassinada do que nos ataques [no Oriente Médio]", afirmou o ministro, emendando que, "finalmente", São Paulo aceitou a ajuda do governo federal para combater a escalada da violência.

O presidente do PSDB no Estado, deputado estadual Pedro Tobias, classificou de lamentável a fala de Carvalho. "A frase revela ignorância e má-fé", disse.

Desde o último dia 24, 253 pessoas foram mortas na região metropolitana de São Paulo --média de 9,7 por dia. Desde o início do atual conflito entre Israel e Palestina, foram 135 mortos em sete dias --média de 19,3 por dia.

ONDA DE VIOLÊNCIA

A onda de violência que atinge a Grande São Paulo desde outubro deixou entre a noite de ontem (20) e a madrugada desta quarta-feira um saldo de três mortos em uma chacina, mais seis pessoas assassinadas e 13 feridos, entre eles um policial militar. Um ônibus também foi incendiado.

Em Itaquaquecetuba, uma chacina deixou três mortos e um ferido na rua Itapevi, no Jardim Estação, por volta 0h. O caso será registrado na delegacia da cidade.

Por volta das 22h, cinco pessoas foram baleadas em um bar na rua Domingos Araújo de Almeida, no Jardim Vera, em Guarulhos. Elas foram levadas ao Hospital Municipal de Urgência de Guarulhos, onde uma delas morreu.

Um PM foi baleado ao reagir a uma tentativa de roubo na avenida Sargento Iracitan Coimbra, no Jardim Vera Cruz. Ele foi levado ao pronto-socorro Sapopemba. Na fuga, os adolescentes trocaram tiros com outros policiais e foram baleados. Eles foram levados ao pronto-socorro São Mateus, onde um deles morreu.

Desde o início do ano, 95 policiais militares já foram assassinados no Estado de São Paulo. No sábado, um PM da Corregedoria, órgão responsável por investigar crimes praticados pelos próprios policiais militares, foi morto em um açougue em Guarulhos, durante uma tentativa de assalto. Na terça-feira (13), o soldado Edgar Lavado, 43, casado e pai de quatro filhos, foi morto a tiros quando chegava em sua casa, no Jardim Cumbica, por volta das 21h, em Guarulhos.

 

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