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04/12/2012 - 19h40

Sobe para 63 o nº de PMs presos suspeitos de ligação com tráfico no Rio

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DO RIO
DE SÃO PAULO

Subiu para 63 o número de policiais militares presos na operação Purificação, da Secretaria de Segurança do Rio, Ministério Público e das polícias Militar e Federal. O grupo é suspeito de receber propina de traficantes em favelas da Baixada Fluminense, dominadas pela principal facção criminosa que atua no Estado.

Também foram presas 11 pessoas envolvidas com tráfico de drogas e o crime organizado.

Todos os PMs presos são do 15º Batalhão (Duque de Caxias). Dois estão foragidos.

A ação também resultou na queda do comandante do batalhão, tenente-coronel Cláudio de Lucas Lima. Ele foi substituído na manhã desta terça-feira pelo tenente-coronel Maurício Faria da Silva.

O nome do ex-comandante do 15º BPM é citado em algumas escutas feitas durante a investigação. Mas não houve provas de que ele está envolvido ou mesmo se sabia da conduta dos policiais sob seu comando. O batalhão tem um efetivo de cerca de 600 homens.

André Luiz Mello/Ag. O Dia
Um dos 63 PMs preso em mega operação no Rio cobre o rosto; todos são do 15º Batalhão (Duque de Caxias)
Um dos 63 PMs preso em mega operação no Rio cobre o rosto; todos são do 15º Batalhão (Duque de Caxias)

"O policial militar tem que ter a certeza de que [a impunidade] acabou. Não aceitamos mais ser humilhados por desvios de conduta praticados por alguns", disse Ribeiro.

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que a ação mostra que a PM se tornou mais "pró-ativa" na identificação dos desvios de conduta.

"O combate ao desvio de conduta é algo que sempre preconizamos. Não há instituição que ganhe confiança sem mostrar a capacidade de cortar na própria carne", disse Beltrame.

O comandante-geral da PM, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, disse que a sociedade e a instituição não aceitam mais PMs corruptos. "Eles precisam entender que isso acabou. Não aceitamos mais sermos humilhados por desvios de conduta", afirmou durante entrevista coletiva

R$ 5 MIL POR DIA

De acordo com as investigações, os dois Grupos de Ação Tática do batalhão recebiam até R$ 5 mil diariamente, dependendo do movimento das bocas de fumo das favelas da região. A principal comunidade de atuação era a Vai Quem Quer, mas outras 12 quadrilhas de favelas da cidade também eram extorquidas.

Segundo a denúncia, os 65 PMs agiam em 11 "células autônomas".

A Justiça expediu 65 mandados de prisão contra policiais e 18 contra civis. Um traficante do Mato Grosso do Sul, identificado até o momento como "Barão", foi preso. Ele forneceria droga para as favelas da facção em Duque de Caxias. (ITALO NOGUEIRA)

 

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