Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
24/01/2013 - 00h02

Jean-Yves de Neufville Penicaut (1957-2013) - Um crítico de música e tradutor

Publicidade

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Dos mais de 8.000 CDs que Jean-Yves de Neufville tinha em casa, cerca de 70% eram de jazz. Aficionado pelo estilo, o crítico musical que considerava John Coltrane um deus começou, porém, a formar sua base musical ouvindo rock.

Na casa onde cresceu, em Nice (França), os primeiros vinis que chegavam eram dos Beatles e dos Rolling Stones, como lembra o irmão Patrick. Com o tempo, seu gosto foi variando, e passou a ouvir de world music a música erudita.

Filho de pai francês e mãe brasileira, nasceu em Santos, mas foi para a França aos dois anos. Retornou nos anos 70, quando o pai foi dirigir um hotel em Maceió, Alagoas.

Em São Paulo, Jean-Yves começou a cursar letras na USP. No terceiro ano, foi chamado para trabalhar como jornalista e abandonou o curso, como lembra sua mãe, Wanda.

Escreveu para "O Estado de S. Paulo" nos períodos de 1987-1988 e 1993-1995 e nesta Folha, entre 1989 e 1991. Publicou ainda na "Bizz", na "Veja" e no "Valor Econômico".

Nos anos 90, dirigiu uma coleção para a gravadora Paradoxx. Em 1998, organizou o Festival de Música Mundial no Sesc Vila Mariana, que trouxe os músicos Jamshiedi Sharifi (filho de pai iraniano) e o senegalês Baaba Maal.Deu ainda aulas na Casa do Saber e revisou livros, como "Música Caipira: da Roça ao Rodeio", de Rosa Nepomuceno.

Era também tradutor juramentado e fez trabalhos para TVs francesas. O último foi para a embaixada da França.

Na segunda (21), sentiu-se mal enquanto caminhava. Morreu aos 55, após um infarto. Deixa dois filhos. Será cremado hoje, às 16h, no crematório da Vila Alpina, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página