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Polícia pede prorrogação de prisão de envolvidos em incêndio
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CAROLINA DE ANDRADE
DE SÃO PAULO
O Ministério Público do Rio Grande do Sul se manifestou a favor da prorrogação da prisão temporária dos envolvidos no caso do incêndio da boate Kiss.
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A Polícia Civil pediu a prorrogação por mais trinta dias da prisão temporária de Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, sócios da boate, e de Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava na casa na noite do incêndio.
O Ministério Público é chamado a manifestar-se em caso de pedido de prisão temporária feito por representação da autoridade policial. A decisão final sobre a prorrogação da prisão, no entanto, cabe à Justiça.
Segundo a manifestação dos promotores de Justiça Joel Oliveira Dutra e Waleska Flores Agostini, ainda há testemunhas que não foram ouvidas e documentos que não foram encontrados. É destacado também o risco de fuga dos representados --Spohr, Santos e Leão foram presos fora de Santa Maria.
Segundo a manifestação, as informações colhidas até o momento indicam que os envolvidos assumiram o risco de causar a morte das pessoas presentes na boate Kiss.
O excesso de lotação da casa, o uso de sinalizadores inadequados para ambientes internos e o mau funcionamento dos extintores de incêndio são alguns dos problemas apontados.
Para os promotores, o fato de as mortes terem sido causadas por asfixia e pelo fogo indicam que se trata de homicídio qualificado, considerado hediondo.
O advogado de Elissandro Spohr, conhecido como Kiko, apresentou à Justiça pedido de liberdade de seu cliente nesta quarta-feira (30). O pedido foi negado pela Justiça.
Spohr segue internado em um hospital de Cruz Alta, a 130 km de Santa Maria, sob vigilância de policiais.
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (a 285 km de Porto Alegre), ocorrido na madrugada do último domingo (27), causou a morte de 236 pessoas.
O fogo teria começado na espuma de isolamento acústico da boate, após um integrante da banda Gurizada Fandangueira manipular um sinalizador. Faíscas teriam atingido o teto e iniciado o incêndio.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Conheça as principais falhas da tragédia que deixou mais de 200 mortos e 100 feridos em Santa Maria, no RS |
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