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Governo desmonta grupo de tráfico de mulheres; brasileiros são presos
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TAI NALON
DE BRASÍLIA
O governo, num parceria entre Polícia Federal, polícia espanhola e Itamaraty, desmontou na última quarta-feira, uma quadrilha de tráfico de pessoas que atuava em Salamanca, na Espanha. A denúncia foi feita pela mãe de uma das vítimas à Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180.
Segundo a Polícia Federal, um casal de brasileiros, preso em Salvador (BA), recrutava jovens com a promessa de emprego como dançarinas no exterior.
De acordo com investigações da operação Planeta, as vítimas recebiam passagens aéreas, 100 euros para despesas e seguiam para a Europa, onde eram encaminhadas a casas noturnas. Lá, eram retirados seus documentos e as mulheres eram forçadas a trabalhar como prostitutas para pagar, segundo a Polícia Federal, um dívida no valor de 4.000 euros.
Na Espanha foram encontradas seis mulheres, duas delas brasileiras. Dois estabelecimentos foram fechados. As vítimas se encontram sob a proteção do governo e ainda não têm destino definido --se voltam ao Brasil ou permanecem na Espanha.
Segundo o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), "não se descarta a possibilidade de novas situações de envolvimento surgirem e outras prisões acontecerem no Brasil".
DENÚNCIAS
Em 2012, o governo federal rastreou 80 denúncias de brasileiras no exterior com relatos de violência que geraram algum tipo de atendimento.
Os dados sobre violência contra mulheres no exterior, divulgados nesta sexta-feira pelos ministros José Eduardo Cardozo e Eleonora Menicucci (Secretaria de Política para as Mulheres), revelaram que, dessas 80 denúncias, 30 vieram da Espanha, 25 da Itália e 18 de Portugal --países em que o governo atua com o Ligue 180. O governo rastreou também duas denúncias de El Salvador e uma dos seguintes países: Brasil, França, Inglaterra, Luxemburgo e Suíça. Os números são relativos a 2012.
O balanço indica ainda que o tipo mais comum de violência relatadas nas denúncias. Violência física lidera o ranking, com 51%, seguida de violência psicológica, 33%, e violência moral, 6,6%. Apenas 5% relatam alguma associação com tráfico internacional de pessoas.
Segundo a Secretaria de Polícia para as Mulheres, dentre as 80 chamadas, 70% são da própria vítima. A maior parte dos relatos são de risco de morte (66%) e espancamento (19%). As agressões são feitas, na maioria dos casos, pelo cônjuge (33%) ou pelo companheiro (28%).
Para os ministros, o tráfico internacional de pessoas, que inclui prostituição, trata-se de atividade criminosa difícil de ser rastreada, uma vez que necessita de integração de polícias de diversos países e ação conjunta e coordenada.
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