Promotoria pede que pedreiros respondam por desabamento de prédio no Rio

O Ministério Público do Rio recorreu nesta quinta-feira (14) da decisão que rejeitou a denúncia contra quatro dos seis acusados do desabamento dos edifícios Liberdade, Treze de Maio e Colombo, no centro da capital carioca, no ano passado.

Ministério Público denuncia dois por desabamento de prédios no Rio
Leia cobertura sobre o desabamento no Rio
Veja galeria de fotos do desabamento
Indenização ficará para os netos, diz vítima de desabamento no Rio
PF deve indiciar sete pessoas por desabamentos no Rio

Em janeiro, a Justiça aceitou a denúncia apenas contra Sergio Alves de Oliveira, sócio da TO Tecnologia Organizacional, e a funcionária da empresa Cristiane do Carmo Azevedo --ambos responsáveis pelas obras no 9º andar do edifício Liberdade.

Para o promotor do caso Sauvei Lai, apenas a instauração do processo judicial poderá apurar se houve responsabilidade dos quatro designados para executar a reforma.

A decisão da Justiça considerou que os contratados apenas receberam ordens de Cristiane do Carmo Azevedo e do sócio Sergio Alves de Oliveira.

Mas o Ministério Público sustenta que o mestre de obras Gilberto Figueiredo de Castilho Neto e os pedreiros Andre Moraes da Silva, Wanderley Muniz da Silva e Alexandro da Silva Fonseca Santos devem ser denunciados por crime culposo, sem a intenção de matar.

Caso tivessem previsto efetivamente que o prédio viria a cair, eles seriam denunciados por crime doloso.

No acidente, dezesseis pessoas morreram e cinco ainda estão desaparecidas. (JULIANA DAL PIVA)