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Anselmo Bertoldi (1919-2013) - Soldado foi à guerra sem arma
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ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
No biênio 1944-45, Anselmo Bertoldi percorreu zonas de guerra estancando sangramentos e aplicando injeções de morfina. Ele foi padioleiro, que é como se chama o soldado encarregado de remover feridos do campo de batalha.
Catarinense de Rio dos Cedros, viveu em sua cidade até os 18 anos, quando foi servir ao Exército em Blumenau.
Na década de 40, fez treinamento de guerra no Rio antes de partir para a Itália, onde recebeu mais instruções de soldados norte-americanos.
Gostava de lembrar que lutou na Segunda Guerra sem, em momento algum, ter pegado numa arma. (Quando completou 91 anos, foi lançado o livro "Um Soldado Desarmado", sobre sua história).
No conflito, perdeu quatro amigos oriundos de Rio dos Cedros, para onde voltou depois do fim da guerra. Pouco tempo após retornar, casou-se com Zélia, dona de casa.
Em sua cidade, trabalhou como lavrador. Mas, pelo isolamento do município e pelos conhecimentos médicos adquiridos no Exército, atuou também como enfermeiro.
Foi ainda inspetor de quarteirão ("Quase um subdelegado", diz o filho Osmari), pedreiro, barbeiro e carpinteiro.
Em 1979, mudou-se para Jaraguá do Sul (SC). Lá, dedicou-se à representação da associação de veteranos da FEB, da qual era presidente (a sede era em sua casa). Cedeu objetos de guerra, como um sobretudo branco da Cruz Vermelha, a um museu da cidade.
Era pacato e dedicado aos netos, segundo a família. Gostava de cultivar sua horta.
Viúvo desde 2008, morreu na terça, aos 93, de embolia pulmonar. Teve quatro filhos, sete netos e quatro bisnetos.
coluna.obituario@uol.com.br
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