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Promotor diz que quer ao menos 30 anos de prisão para Bruno
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O promotor Henry Vasconcelos disse na saída do Fórum de Contagem (MG), ao término desse terceiro dia de julgamento do goleiro Bruno Fernandes de Souza, que quer que jogador pegue pelo menos 30 anos de prisão. "Tudo aqui sugere que haverá uma condenação exemplar do réu", afirmou.
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Na visão da acusação, Bruno não admitiu qualquer responsabilidade no crime nesse terceiro dia de julgamento, quando foi interrogado. "Não há se quer um traço de confissão nas palavras dele", afirmou.
Bruno confirmou hoje que soube do assassinato de sua ex-amante, Eliza Samudio, no dia do fato, 10 de junho de 2010. O jogador afirmou que o crime foi cometido diretamente pelo ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, segundo o que seu ex-assessor Luiz Henrique Romão, o Macarrão lhe relatou.
Questionado se a delação de Bola pode amenizar a pena do goleiro, o promotor negou e disse que se a juíza Marixa Rodrigues entender que delação deva atenuar a pena do atleta ele entrará com recurso em nome do Ministério Público.
SILÊNCIO
Logo no início da sessão de hoje, a defesa de Bruno já havia informado que o jogador só responderia as perguntas feitas pela juíza, jurados e seus próprios advogados, o que foi consumado no decorrer da sessão.
Após Bruno delatar Bola durante as perguntas feitas pela magistrada, o advogado do ex-policial, Ércio Quaresma, pediu a palavra e ficou por quase duas horas fazendo pergunta. Na ocasião, no entanto, Bruno havia sido retirado do plenário por seus advogados.
Com isso, Quaresma ficou falando sozinho, o que gerou. Ao final, ele ironicamente agradeceu a colaboração de Bruno e afirmou que desejar ao jogador o mesmo que para seu cliente: a absolvição.
ERROS
Para o promotor, a defesa do goleiro cometeu dois graves erros. O primeiro foi na orientação para que Bruno ficasse em silencio durante as perguntas da Promotoria e dos advogados de outros réus.
Segundo Henry, "Bruno nação esta sendo julgado por desembargadores, mas por leigo. Na percepção do cidadão comum, quem cala consente", afirmou. Para o promotor, os jurados devem considerar o silêncio do réu como um elemento de culpa.
O segundo erro foi a defesa de Bruno demonstrar desdém à defesa de Bola retirando o goleiro do plenário durante as perguntas de Ércio Quaresma.
Na ocasião, o advogado Tiago Lenoir, defensor de Bruno e de sua ex-mulher, Dayanne Souza no processo, acompanhou as perguntas do colega pela sala de imprensa e chegou a caçoar dele por formular perguntas como se Bruno estivesse no plenário.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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