Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
26/03/2013 - 19h08

Defensor tenta reaver roupas e bens de índios da aldeia Maracanã

Publicidade

DENISE LUNA
DO RIO

O defensor público da União André Ordacgy entrou nesta terça-feira com petição na 8ª Vara Federal do Rio de Janeiro, em caráter emergencial, requerendo os pertences dos índios da antiga Aldeia Maracanã, que foram transferidos na última sexta-feira para um alojamento em Jacarepaguá, na antiga colônia Curupaiti.

Conflitos envolvendo índios são frequentes no Brasil; veja casos
Índios preparam ações para retornar à aldeia Maracanã, no Rio
Após expulsão, índios da aldeia Maracanã, no Rio, brigam entre si
Índios participam de audiência pública no centro do Rio

Segundo ele, o juiz Renato Peçanha está analisando a petição e a decisão pode sair ainda hoje.

Ordacgy explicou que as roupas e pertences dos índios que moravam no prédio histórico foram recolhidas pelo governo e levados para um depósito na sexta-feira. "Desde sexta-feira eles estão usando a mesma roupa, e muitos estão sem documentos", disse o defensor.

Na petição ele pede ainda que as condições de moradia dos índios seja melhorada. De acordo com Ordacgy, os 12 índios transferidos estão morando em contêineres sem ventilação, e a comida disponível não garante a segurança alimentar prometida pelo governo estadual.

"O governo do Rio disse que iria garantir a segurança alimentar, mas só deu uma cesta básica com arroz e feijão, tem que garantir uma refeição com dignidade, com frango, carne. Também não tem ventilador de teto e os dois de chão que arrumaram não são suficientes para todos", explicou.

De acordo com o índio Caio Pataxó, que diz ter abandonado Jacarepaguá por falta de condições, apenas 8 dos 12 índios transferidos continuam em Jacarepaguá. "A terra é contaminada, tem gente doente lá e molha tudo quando chove", afirmou.

A secretaria de assistência social e direitos humanos do governo do Estado não confirma a informação da saída de índios do alojamento.

Pataxó disse que está preocupado com a demora para a transferência dos índios para um alojamento permanente, o que, segundo ele, poderá levar até um ano e meio. A mesma preocupação fez o defensor público pedir ao juiz da Vara Federal o agendamento de uma reunião com o governo estadual para marcar uma data fixa para o término das obras do alojamento definitivo.

"Temos que marcar uma data ou daqui a pouco o governo é outro e vão dizer que não tinha nada combinado", disse Ordacgy.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página