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28/03/2013 - 07h00

Recepcionistas de escola liberaram menino para manicure no Rio

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MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO

Duas recepcionistas do Instituto de Educação Franciscano Nossa Senhora Medianeira, em Barra do Piraí, sul Fluminense, tomaram a decisão de liberar o menino João Felipe Bichara, 6, para a manicure Suzana do Carmo Figueiredo, 22. A mulher é suspeita de ter matado a criança.

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Após receber três ligações da manicure, que se passava como a mãe do garoto, as recepcionistas decidiram liberar a criança sem comunicar a direção da escola. A versão foi contada por elas, na noite de segunda-feira, ao delegado José Mário Omena, que investiga o caso.

A direção do instituto decidiu afastá-las das funções. Apenas após o retorno às aulas, na segunda-feira, é que será decidida a função delas na instituição.

"Estão todos muito chocados com o que houve. O instituto tem 80 anos e isso nunca aconteceu na escola. A moça ligou fornecendo tanta riqueza de detalhes que a moça quis resolver rápido", contou a advogada Tânia Maria Moraes, representante da escola.

Uma reunião realizada ontem na entidade definiu que, além de novas recepcionistas, a escola instalará um sistema de câmeras e não irá mais liberar alunos apenas a partir de ligações telefônicas.

"O João Felipe entrou este ano na escola e sua família não tinha essa prática. Mas outros pais faziam e isso não será mais permitido", disse a advogada.

Divulgação/Seap
Manicure Suzana do Carmo Oliveira Figueiredo após ser transferida para presídio na zona oeste do Rio de Janeiro
Manicure Suzana do Carmo Oliveira Figueiredo após ser transferida para presídio na zona oeste do Rio de Janeiro

CINCO VERSÕES

A manicure Suzana do Carmo Oliveira Figueiredo, 22, suspeita de ter assassinado o menino foi transferida para o presídio Joaquim Ferreira de Souza, no complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio.

Suzana Figueiredo foi indiciada pelo delegado Omena sob a acusação de ter asfixiado o menino João Felipe até causar sua morte. Ela o pegou no colégio na segunda-feira (25) e o levou para o quarto de um hotel na cidade.

A manicure apresentou cinco versões sobre o caso. Em uma delas disse que matou o menino para se vingar do pai da criança.

Após a delegacia de Barra do Piraí ter sido cercada, na terça, pelos moradores que gritavam por "justiça", foi tomada a decisão de retirá-la da cidade e transferi-la para o sistema penitenciário. Ao dar entrada no presídio, após exames de corpo de delito, a manicure teve os cabelos cortados, medida aplicada a todos os detentos do sistema no Rio.

Ontem, a sua casa, amanheceu pichada. Nas paredes podia se ler as palavras "vadia", "maldita" e "prostituta". A Folha não conseguiu localizar o advogado da manicure.

 

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