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Recepcionistas de escola liberaram menino para manicure no Rio
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MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
Duas recepcionistas do Instituto de Educação Franciscano Nossa Senhora Medianeira, em Barra do Piraí, sul Fluminense, tomaram a decisão de liberar o menino João Felipe Bichara, 6, para a manicure Suzana do Carmo Figueiredo, 22. A mulher é suspeita de ter matado a criança.
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Após receber três ligações da manicure, que se passava como a mãe do garoto, as recepcionistas decidiram liberar a criança sem comunicar a direção da escola. A versão foi contada por elas, na noite de segunda-feira, ao delegado José Mário Omena, que investiga o caso.
A direção do instituto decidiu afastá-las das funções. Apenas após o retorno às aulas, na segunda-feira, é que será decidida a função delas na instituição.
"Estão todos muito chocados com o que houve. O instituto tem 80 anos e isso nunca aconteceu na escola. A moça ligou fornecendo tanta riqueza de detalhes que a moça quis resolver rápido", contou a advogada Tânia Maria Moraes, representante da escola.
Uma reunião realizada ontem na entidade definiu que, além de novas recepcionistas, a escola instalará um sistema de câmeras e não irá mais liberar alunos apenas a partir de ligações telefônicas.
"O João Felipe entrou este ano na escola e sua família não tinha essa prática. Mas outros pais faziam e isso não será mais permitido", disse a advogada.
Divulgação/Seap | ||
Manicure Suzana do Carmo Oliveira Figueiredo após ser transferida para presídio na zona oeste do Rio de Janeiro |
CINCO VERSÕES
A manicure Suzana do Carmo Oliveira Figueiredo, 22, suspeita de ter assassinado o menino foi transferida para o presídio Joaquim Ferreira de Souza, no complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio.
Suzana Figueiredo foi indiciada pelo delegado Omena sob a acusação de ter asfixiado o menino João Felipe até causar sua morte. Ela o pegou no colégio na segunda-feira (25) e o levou para o quarto de um hotel na cidade.
A manicure apresentou cinco versões sobre o caso. Em uma delas disse que matou o menino para se vingar do pai da criança.
Após a delegacia de Barra do Piraí ter sido cercada, na terça, pelos moradores que gritavam por "justiça", foi tomada a decisão de retirá-la da cidade e transferi-la para o sistema penitenciário. Ao dar entrada no presídio, após exames de corpo de delito, a manicure teve os cabelos cortados, medida aplicada a todos os detentos do sistema no Rio.
Ontem, a sua casa, amanheceu pichada. Nas paredes podia se ler as palavras "vadia", "maldita" e "prostituta". A Folha não conseguiu localizar o advogado da manicure.
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