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02/04/2013 - 16h42

Reforma da Marina da Glória precisa começar em agosto, diz empresa de Eike

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MARIANA SALLOWICZ
DO RIO

O presidente da REX, Marco Adnet, afirmou nesta terça-feira que a reforma da Marina da Glória, no Aterro do Flamengo, no Rio, precisa começar no segundo semestre deste ano. A previsão da empresa, que possui a concessão da marina, é que as obras tenham início em agosto.

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A construção dentro desse prazo permitirá que os equipamentos passem por testes para uso durante os Jogos Olímpicos de 2016, afirmou Adnet durante audiência pública sobre a reforma na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Para isso, no entanto, é preciso que a empresa receba a aprovação do projeto executivo no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) -- como o Aterro do Flamengo é tombado, é necessário que o órgão permita a reforma. No começo do ano, o anteprojeto foi aprovado.

"A obra tem um planejamento que impõe um prazo de 24 meses para que seja executada. Como existe a obrigação do teste em dezembro de 2015, precisamos começar a obra, no mais tardar, durante o segundo semestre de 2013. O quanto antes isso ocorrer, melhor."

"Estamos há três anos negociando todas as interferências que o Iphan exigiu", afirmou.

Segundo Adnet, a REX estima que a aprovação do órgão ocorra neste mês. A intenção é entregar a marina reformada entre agosto e setembro de 2015, para que ocorram os testes.

Também é necessário que sejam liberadas outras licenças para a execução. "Acredito que até junho, os órgãos municipais podem liberar as suas licenças", afirmou.

POLÊMICA

Diante das polêmicas em torno do projeto, a Câmara dos Vereadores realizou audiência pública hoje para discutir impactos ambientais e urbanísticos da obra.

O presidente da REX fez uma apresentação do projeto durante audiência pública na Câmara Municipal. A empresa de Eike alega que irá entregar à população uma marina com padrão internacional.

Para o presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, Washington Menezes Fajardo, o projeto apresenta harmonia com o Parque do Flamengo. "O conjunto arquitetônico pouco aparece. Além disso, será possível que a população possa usufruir mais da marina após a reforma, com a revitalização da área."

Já o vereador Paulo Messina (PV) afirmou que falta esclarecer que se o centro de convenções previsto no projeto, com capacidade para até 900 pessoas, será um complemento do hotel Glória.
O hotel, que está sendo reformado pela REX, fica em frente à marina. Mais adiante surgirá outro hotel do grupo, em um prédio pertencente ao Flamengo.
Messina criticou a REX por dizer que está fazendo melhorias na área. "A responsabilidade da empresa, que tem a concessão da marina, já é de restaurar o local. É obrigação da empresa".

O vereador Eleomar Coelho, líder da bancada do PSOL na Câmara, também criticou o projeto. "Não estão sendo feitos estudos do impacto desse projeto, sendo que o número de vagas de estacionamento vai aumentar de 200 para 689."

"Não podem privatizar um espaço público", acrescentou.

A vereadora Laura Carneiro (PTB) foi favorável ao projeto. "A marina hoje é feia, ruim e suja. A reforma trará desenvolvimento econômico para o Rio, é uma evolução para a cidade."

REMUNERAÇÃO

Durante a audiência, o presidente da REX afirmou que está sendo discutida a forma de remuneração da marina. Atualmente, a empresa paga 8% do lucro ao município.

"Há um projeto para mudar essa fórmula. A remuneração à municipalidade ocorreria por um percentual do faturamento e não mais do faturamento", disse. Segundo ele, o percentual está em estudo.

 

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