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12/04/2013 - 19h22

Polícia Civil indicia 97 suspeitos de ordenar atentados em SC

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DE SÃO PAULO

A Polícia Civil de Santa Catarina indiciou 97 pessoas suspeitas de ordenar duas ondas de ataques no Estado, em novembro de 2012 e entre fevereiro e março deste ano. O inquérito, focado em líderes e mandantes, foi concluído nesta sexta-feira.

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Todos estão ligados ao PGC (Primeiro Grupo Catarinense), segundo a polícia, e cerca de 40 davam ordens de dentro das prisões catarinenses. Os demais foram presos durante as investigações --dez estão foragidos, segundo o delegado Laurito Akira Sato, diretor da Diretoria Estadual de Investigações Criminais.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados. Eles foram indiciados sob suspeita de formação de quadrilha, tráfico de drogas, dano ao patrimônio, incêndio e transporte de explosivos, entre outros.

A Polícia Militar contabilizou neste ano 114 atentados em 37 municípios até o dia 7 de março. Foram mais de 20 dias sob ataques do crime organizado, incluindo tiros contra prédios públicos e ataques a ônibus e automóveis.

A onda de violência provocou a suspensão do transporte coletivo na região metropolitana de Florianópolis em alguns horários e fez com que o governo estadual pedisse reforço da Força Nacional de Segurança. Presos acabaram transferidos para presídios federais.

Em novembro de 2012, foram 67 ações em 17 cidades catarinenses. Os atentados podem estar ligados a supostos casos de maus-tratos a presos.

A polícia ainda investiga suspeitos de cumprir as ordens da facção. Alguns foram presos durante a série de ataques, e houve menores de idade apreendidos.

ATENTADOS E VANDALISMO

Santa Catarina sofreu desde o último dia 30 de janeiro ao menos 113 atentados e atos de vandalismo supostamente realizados por membros do PGC. A maioria das ações registradas foram incêndio de veículos e disparos contra edifícios públicos e órgãos da polícia.

A presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB-SC, Cynthia Pinto da Luz, afirmou à BBC Brasil que o aumento da letalidade policial pode contribuir para o aumento da violência relacionada ao crime organizado, em especial ao PGC, no Estado.

Ela disse também que ainda não é possível fazer uma conexão direta entre as ondas de ataques no Estado e o fato da polícia estar matando mais.

Os atentados, entre outros fatores, estariam ligados a supostos maus tratos de agentes do Estado contra detentos do sistema prisional catarinense.

Os policiais militares da Força Nacional de Segurança ajudaram no processo de transferência de lideranças do PGC para presídios federais.

 

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