Policiais em greve negociam com deputados de SP mudança em projeto de reajuste
Representantes dos sindicatos e associações da Polícia Civil estão reunidos na tarde desta terça-feira com deputados de São Paulo para tentar alterar o projeto de lei que trata do reajuste salarial da categoria e que deverá ser votado ainda hoje. Os grevistas querem adiantar a segunda parcela do reajuste de 6,5%, prevista para novembro de 2009, para o mês de agosto.
Segundo o delegado José Martins Leal, do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Barros Munhoz (PSDB), tem demonstrado "boa vontade" para aceitar a reivindicação. Procurado pela Folha Online, o deputado não quis se manifestar até o término da reunião.
Outros quatro projetos de lei enviados pelo governo e que dispõem sobre os benefícios a policiais civis tramitam na Casa na Comissão de Finanças e Orçamento e devem ir a plenário, de acordo com Leal, até no máximo o início da seguinte.
Desde 16 de setembro, os policiais civis de São estão em greve para reivindicar reajustes salariais em três parcelas: 15% neste ano, e mais duas de 12% em 2009 e em 2010. Inicialmente o governo ofereceu 4,5%, mas aumentou a oferta com o envio dos cinco projetos de leis que incluem a aposentadoria especial e o reajuste de 6,5% para ainda este ano e 2009.
Projetos
Os projetos de lei enviados pelo governo estadual à Assembléia Legislativa prevêem, além dos reajustes, a aposentadoria especial. Quem ingressou até 2003 vai se aposentar com 30 anos de contribuição --em vez dos atuais 35 anos--, desde que tenham 20 anos de atividade policial. O projeto suprime ainda a idade mínima para aposentadoria, hoje de 60 anos.
Para os que ingressaram na carreira após 2003, a proposta prevê 30 anos de contribuição, 20 anos de atividade policial e redução da idade mínima de 60 para 55 anos, no caso dos homens, e de 55 para 50 anos, para as mulheres.
Como parte da reestruturação das carreiras, o projeto prevê ainda a extinção da quinta classe de todas as carreiras da Polícia Civil e Técnico-Científica e a fixação de um intervalo de 10,5% entre as classes. Segundo o governo, a extinção da quinta classe vai proporcionar a promoção de 1.184 delegados e de 16.032 policiais operacionais.
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