Com greve da PM, Exército desloca soldados para Boa Vista (RR)
Cerca de 400 dos 3.000 soldados do Exército que participavam de uma operação na fronteira com a Venezuela e a Guiana foram deslocados pelo Comando Militar da Amazônia para Boa Vista (RR), onde policiais militares estão aquartelados desde o início da semana por melhores salários.
Os soldados, de acordo com o general Augusto Heleno, estão realizando prevenção a crimes, sobrevoando áreas críticas, como presídios. Heleno afirma que os soldados não estão atuando em ações de segurança pública, pois é necessária uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Este tipo de ação [prevenção de ilícitos transfronteiriços] não chega a constituir uma intervenção, que é uma figura prevista na Constituição com uma série de desdobramentos", afirma o general.
Uma lei complementar à Constituição Federal determina o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem desde que o governador do Estado as solicite ao Ministério da Justiça.
Heleno afirma que o envio das tropas da Operação Curare (de rotina na fronteira) foi uma iniciativa própria do Exército. "Foi tomada a iniciativa para dar uma sensação de segurança em Boa Vista, que está dentro da faixa de fronteira. É uma ação dentro do contexto de repressão, para que a população se sinta segura", diz.
Segundo o secretário de Comunicação do governo de Roraima, Rui Figueiredo, o governador José de Anchieta Júnior (PSDB) não foi comunicado sobre o deslocamento dos homens do Exército.
O governador requisitou ao governo federal a presença de soldados da FNS (Força Nacional de Segurança) para ajudar no policiamento. Eles devem começar a atuar nesta quinta-feira (2). Em Roraima, já há cerca de 120 homens da FNS em outra missão.
A greve de policiais militares do Estado já foi considerada ilegal pela Justiça. O movimento foi iniciado na segunda.
Os manifestantes querem um reajuste de cerca de 33%. O governo do Estado ofereceu 14,5%, em duas vezes. O salário inicial de um soldado da PM no Estado, segundo o secretário da Justiça e Cidadania de Roraima, coronel Gerson Chagas, é de R$ 1.973 (bruto).
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