Abdelmassih deixa prisão em São Paulo após 4 meses preso acusado de estupros
O médico Roger Abdelmassih deixou a prisão na manhã desta quinta-feira após quatro meses preso sob a acusação de estupros contra ex-pacientes. Acompanhado de um de seus advogados, ele deixou a carceragem do 40º DP (Vila Santa Maria), em São Paulo, por volta das 11h50, sem falar com a imprensa.
- Veja a íntegra da decisão do STF
- Abdelmassih pretende recuperar registro médico
- Para Mendes, prisão foi "antecipação de pena"
- Entenda o caso que envolve o médico Roger Abdelmassih
Fred Chalub-17.ago.09/Folha Imagem |
Roger Abdelmassih, acusado de estupro contra 39 ex-pacientes em São Paulo |
Ontem, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, concedeu um habeas corpus determinando a soltura do médico.
Antes da decisão do Supremo, outros cinco pedidos de liberdade foram negados pela Justiça. O recurso foi impetrado no STF na segunda (21) pelos advogados Márcio Thomaz Bastos e José Luis Oliveira Lima.
Na decisão, Mendes afirma que a prisão preventiva do médico, "sem a demonstração de fatos concretos", resultou em "mero intento de antecipação de pena".
Os advogados do médico alegavam entre outras coisas, que não existia nenhum indício de que a liberdade dele afrontava a ordem pública, já que o médico teve seu registro profissional suspenso pelo Conselho Regional de Medicina.
Acusações
Segundo o Ministério Público de São Paulo, Abdelmassih é acusado de 56 crimes sexuais. Em geral, as mulheres o acusam de tentar beijá-las ou acariciá-las quando estavam sozinhas --sem o marido ou a enfermeira presente. Algumas disseram ter sido molestadas após a sedação.
Desde que foi acusado pela primeira vez, Abdelmassih negou por diversas vezes ter praticado crimes sexuais contra ex-pacientes. O médico afirma que vem sendo atacado há aproximadamente dois anos por um "movimento de ressentimentos vingativos".
Abdelmassih também sustenta que as mulheres que o acusam podem ter sofrido alucinações provocadas pelo anestésico propofol, usado durante o tratamento de fertilização in vitro. De acordo com ele, as pacientes podem "acordar e imaginar coisas".
Segundo sua defesa, o médico nunca ficava sozinho com as pacientes na clínica, pois estava sempre acompanhado por uma enfermeira.
Com Folha de S.Paulo
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