Em Maceió (AL), 300 pessoas protestam contra morte de moradores de rua
Cerca de 300 pessoas participaram hoje (28) de uma passeata pela orla de Maceió (AL) em protesto contra a onda de assassinatos de moradores de rua na cidade. Só neste ano, 31 pessoas já foram mortas.
O protesto foi organizado por um grupo de alunos de Direito da capital alagoana. Participaram representantes da OAB, movimentos religiosos, sociedade civil e também moradores de rua.
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Vestido de branco, o grupo percorreu toda a orla de Maceió, passando inclusive em frente à residência do governador reeleito Teotonio Vilela Filho (PSDB). Lá, eles fincaram cruzes na areia, representando cada um dos mortos, e fizeram um minuto de silêncio, além de orações.
A polícia de Alagoas descarta que as mortes tenham sido provocadas por "justiceiros" determinados a "limpar a cidade". Segundo a corporação, a maioria dos crimes foi praticada por questões relacionadas a drogas e acerto de contas com traficantes.
Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB Alagoas, Gilberto Irineu, que participou da caminhada, é preciso chamar a atenção das autoridades para esta população e cobrar do governo políticas públicas que contemplem as necessidades dos moradores de rua.
Segundo ele, depois da repercussão das mortes, foi criado, na semana passada, um comitê de apoio aos moradores de rua, do qual fazem parte representantes da sociedade civil e da prefeitura de Maceió.
Neste comitê, estão sendo definidas medidas como a formação de uma cooperativa de catadores de lixo, para evitar que os moradores recebam bebida ou drogas em troca de materiais recicláveis, e a criação de uma organização dos moradores, para representá-los perante o poder público.
"Temos que despertar para a efetivação dos direitos dessa população", diz Irineu.
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