Familiares reconhecem objetos de vítimas do incêndio na Kiss
Familiares das vitimas do incêndio que deixou 235 mortos na boate Kiss, no último domingo, em Santa Maria (RS), fazem nesta quinta-feira o reconhecimento e a retirada pertences das vítimas na 1ª Delegacia de Polícia, no centro da cidade.
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Engenheiros do Crea fazem vistoria na boate Kiss
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Por volta das 11h, parentes de Laureane Silva deixavam o local com a bolsa e a chave que estavam com a jovem no momento do incêndio. Abalada, a mãe da garota chorava e não quis falar com a imprensa. Familiares de cerca de mais 20 vítimas também estavam na delegacia.
A polícia continua nesta quinta a colher depoimento. O DJ Bolinha já estava no local por volta das 11h30 e deve ser ouvido ainda hoje. Quatro pessoas, sendo dois sócios da boate e dois integrantes da banda que se apresentava no local, estão presos desde o início da semana.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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INVESTIGAÇÃO
Um grupo de engenheiros do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) fará no início da tarde desta quinta-feira uma nova vistoria na boate. Técnicos do IGP (Instituto Geral de Perícias) também já estiveram no local após a tragédia.
As equipes devem elaborar um laudo técnico que poderá apontar as causas do incêndio. Segundo testemunhas, ele teria originado no teto após um integrante da banda que tocava no local usar um sinalizador.
O advogado Jader Marques, que representa o sócio Elissandro Spohr, 28, afirmou ontem que os proprietários revestiram por conta própria o teto do estabelecimento em cima do isolamento acústico. Segundo testemunhas, foi no teto que começou o incêndio, após um integrante da banda usar um sinalizador.
A polícia apura ainda se o local estava superlotado. A boate tinha capacidade para apenas 691 pessoas, mas funcionária relatou ter separado mil comandas para a festa da noite da tragédia. Outras falhas também são apuradas como as grades de metal que dificultaram a passagem de quem fugia e os extintores que não funcionavam.
Apesar dos pontos apurados pela polícia, o advogado nega a superlotação do local e afirma que "não havia nada de irregular" na casa noturna e que ela estava em plenas condições de funcionamento.
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