Goleiro Bruno pode deixar prisão em 2018, dizem especialistas
O goleiro Bruno Fernandes de Souza, 28, condenado na madrugada desta sexta-feira (8) a 22 anos e três meses de prisão pelo assassinato de Eliza Samudio, sua ex-amante, só terá direito de voltar às ruas no primeiro semestre de 2018 e não em 2016, como afirmou seu advogado Lúcio Adolfo da Silva.
Bruno é condenado a 22 anos por morte de Eliza
Promotor diz que irá recorrer para aumentar pena de Bruno
Advogado diz que vai recorrer após condenação do jogador
'Aliviaram para o Bruno demais', diz mãe de Eliza após júri
Leia a íntegra da sentença do goleiro Bruno
Isso porque ele só terá direito a pedir a progressão para o regime semiaberto, no qual pode deixar a prisão para trabalhar ou estudar, depois de cumprir ao menos 40% da pena, no caso de homicídio qualificado.
Apenas pelo assassinato, Bruno pegou 17 anos e seis meses de prisão em regime fechado --o restante da pena, em regime aberto, foi por sequestro e cárcere privado e ocultação de cadáver.
Para chegar a 40% da pena, ele teria de ficar quase sete anos na prisão.
O goleiro está preso há 2 anos e oito meses, mas ele só poderá deduzir 11 meses desse período. O restante da pena corresponde a uma condenação anterior, de um ano e nove meses, por sequestro, constrangimento ilegal e lesão corporal a Eliza Samudio, no Rio.
Mais cedo, advogados ouvidos pela Folha disseram que Bruno poderia receber o benefício do semiaberto em menos de três anos. Os especialistas não sabiam dessa condenação anterior.
Além disso, outra condição para pedir o semiaberto em 2018 é ter bom comportamento e não receber punição na prisão.
O cálculo para o tempo que ficará em prisão fechada foi feito pela Folha com a ajuda de advogados, promotores e juízes da área de execução penal e segue o modelo mais adotado pelos magistrados.
O promotor Henry Vasconcelos, que tem cálculo semelhante ao da Folha, disse que vai recorrer contra o tempo de condenação imposto pela juíza Marixa Rodrigues. Ele esperava de 28 a 30 anos.
A morte de Eliza, segundo a sentença, teve como motivo o fato de o goleiro do Flamengo, que recebia cerca R$ 300 mil por mês, não querer pagar pensão para o filho.
A mãe de Eliza, Sônia Moura, disse que "aliviaram demais para o Bruno" e que a justiça foi feita apenas "parcialmente". Ela vai recorrer.
ABSOLVIÇÃO
Dayanne Souza, ex-mulher de Bruno, foi absolvida a pedido da Promotoria dos crimes de sequestro e cárcere privado do filho de Eliza e do goleiro, hoje com 3 anos.
O ex-assessor de Bruno, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, havia sido condenado a 15 anos de prisão pelo crime, bem como Fernanda Castro, ex-namorada de Bruno. No dia 22 abril começa o julgamento de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, suposto executor de Eliza.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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