Defesa de Bruno pede anulação do julgamento que condenou o goleiro
O advogado do goleiro Bruno Fernandes de Souza pediu a anulação do julgamento que condenou o jogador na última semana a 22 anos e três meses de prisão pela morte de sua ex-amante Eliza Samudio.
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Segundo Lúcio Adolfo da Silva, responsável pela defesa do goleiro, são muitos os motivos que o levaram a pedir a anulação do julgamento. As "razões do apelo" ele vai apresentar posteriormente ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Ele estima o prazo em cerca de 30 dias.
Por enquanto, o advogado apenas apresentou o pedido de anulação no Fórum de Contagem e fez a contestação das penas aplicadas pela juíza Marixa Rodrigues.
Entre esses motivos, adiantou ele à Folha, está a realização do julgamento com uma investigação policial em curso para apurar eventual participação de um ex-policial e um policial na autoria do assassinato de Eliza.
Outras razões que apresentará são o fato de a defesa ter apresentado provas para serem mostradas aos jurados que não foram aceitas e a expedição da certidão de óbito de Eliza pela Justiça de Contagem --sendo que consta como local da morte a cidade de Vespasiano.
Para o advogado, a "irregular" apresentação da certidão de óbito se deu às vésperas do julgamento de Bruno, servindo como prova da morte de Eliza, o que prejudicou seu cliente. O corpo nunca foi encontrado.
SENTENÇA
O advogado contestou a sentença da juíza que condenou Bruno por homicídio triplamente qualificado (17 anos e seis meses em regime fechado), sequestro e cárcere (três anos e três meses em regime aberto) e ocultação de cadáver (um ano e seis meses em regime aberto).
Segundo Silva, a juíza deveria "manter o equilíbrio" com as penas aplicadas a Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ex-secretário de Bruno, que foi condenado a 15 anos (sendo 12 anos em regime fechado pelo homicídio). Macarrão foi o primeiro a reconhecer que Eliza estava morta.
Ao ler a sentença na madrugada da última sexta-feira (8), a juíza disse que Bruno demorou a admitir a morte e mesmo assim se negou a responder as perguntas. "Essa lacônica confissão não merece a mesma redução concedida ao corréu Luiz Henrique Romão, como quer a defesa", disse a juíza.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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