Governo muda proposta, mas reunião com metroviários fica sem acordo
O governo de São Paulo fez uma nova proposta para tentar evitar a greve dos metroviários, mas a reunião com a categoria, realizada na tarde desta segunda-feira, terminou sem acordo. Agora, os metroviários se reúnem para decidir se entram em greve a partir de amanhã.
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) aumentou a proposta inicial de 5,3% para 6,4%. O TRT (Tribunal Regional do Trabalho), que intermedia a negociação, propôs que o reajuste fosse de 7,16%, segundo medição do INPC. Os representantes do governo, porém, afirmaram que o valor deverá ser avaliado e uma resposta só poderá ser dada na próxima semana.
Os metroviários pedem 14,16% de aumento real e mais 7,3% de reposição salarial (seguindo medição do IGP-M). Além do reajuste, a categoria quer também reajuste de 24,3% no vale-refeição (metrô oferece 5,37%), plano de carreira, jornada de 36 horas, entre outras.
Em caso de greve, apenas a linha 4-amarela do metrô permanecerá operando na terça-feira, já que ela é privatizada e os funcionários não são ligados ao sindicato dos metroviários.
O TRT determinou que as demais linhas, em caso de paralisação, deverão manter 100% dos trabalhadores nos horários de pico (das 6h às 9h e das 17h às 19h) e de no mínimo 70% nos demais horários. Em caso de descumprimento, o sindicato da categoria pode ser multado.
A última greve da categoria ocorreu em 23 de maio do ano passado, quando os funcionários pararam por um dia e o rodízio de veículos foi suspenso. Antes disso, houve uma greve em agosto de 2007, que durou dois dias.
Os funcionários da CPTM também realizarão uma assembleia hoje e podem entrar em greve também. Dois dos quatro sindicatos que representam a categoria assinaram acordos de reajuste salarial na semana passada, o que deve garantir a circulação dos trens das linhas 7 e 10.
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