Morre dentista queimado em consultório no interior de SP
O dentista Alexandre Peçanha Gaddy, 41, morreu por volta das 22h30 de segunda-feira (3), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Segundo informações de familiares, o corpo do dentista foi liberado do hospital por volta das 4h e encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal). Ele será enterrado no cemitério Gethsêmani, na região do Morumbi, zona oeste da capital. O horário não foi divulgado.
No começo da noite de ontem (3), Gaddy apresentou piora de seu estado de saúde. Segundo o hospital, ele estava internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), em estado crítico, e morreu em decorrência da "longa extensão de queimaduras sofridas (mais de 50% do corpo), sendo a maioria dessas lesões de terceiro grau".
Alexandre Peçanha Gaddy foi queimado dentro de seu consultório no último dia 27, em São José dos Campos (a 97 km de São Paulo).
A principal linha de investigação da polícia é a de latrocínio (roubo seguido de morte). Nada foi levado do consultório, mas uma hipótese dos policiais é que os ladrões tenham saído às pressas após Gaddy começar a gritar. A polícia investiga se o caso foi um homicídio, crime passional e até tentativa de suicídio.
Uma testemunha contou à polícia que o dentista disse, ao ser encontrado, que os ladrões se irritaram após ele ter sacado um celular do bolso e, por isso, atearam fogo nele. Segundo o delegado Leon Ribeiro, a testemunha --que não quer ser identificada-- conversou com o dentista enquanto aguardava o socorro.
A polícia já obteve as imagens de uma câmera do COI (Centro de Operações Integradas), da prefeitura, e está trabalhando para melhorá-las, a fim de usá-las na identificação de possíveis suspeitos.
Reprodução/Facebook | ||
Dentista Alexandre Peçanha Gaddy, que teve mais de 50% do corpo queimado em seu consultório no interior de SP |
OUTRO CASO
Esse é o segundo caso neste ano em que criminosos ateiam fogo em dentistas após tentativas de assalto a consultórios no Estado de São Paulo.
No dia 25 de abril, a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza foi morta no consultório dela, na rua Copacabana, Jardim Anchieta, em São Bernardo do Campo (Grande SP). Ela também teve o corpo incendiado com álcool. A vítima morreu no local. Segundo a polícia, ela foi morta pois tinha apenas R$ 30 na conta bancária.
Os quatro criminosos foram presos na mesma semana que ocorreu o crime. Entre os assaltantes estava um adolescente de 17 anos que confessou à polícia ter ateado fogo na vítima.
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