Governador e secretário defendem ação da PM durante protestos
O governador Geraldo Alckmin e o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, defenderam nesta sexta-feira (14) a atuação da Polícia Militar durante o protesto contra o aumento da tarifa de transporte público ocorrido na noite de quinta (13).
Em entrevista no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin disse que a corporação tem o dever de "proteger a população, garantir o direito de o comércio abrir e preservar o patrimônio público". Além disso, o governador afirmou que a PM agiu para evitar manifestações mais violentas.
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Alckmin, porém, afirmou que atos abusivos de policiais serão investigados. "Não temos nenhum compromisso com o erro. A polícia tem uma corregedoria. Então será apurado qualquer abuso que tenha sido cometido. A polícia trabalha. Exceção, se houve um abuso isolado, isso vai ser rigorosamente apurado", afirmou.
Para o governador, o movimento tem duas características: "Primeiro que ele é político. Tem até em cidade em que nem aumento de tarifa houve. Estive ontem em Santos, não teve nenhum aumento, e teve o mesmo movimento. E o segundo é a violência."
Segundo o governador de São Paulo, 48 ônibus foram danificados durante o protesto de quinta-feira. "A população é pacífica, o que temos são líderes de movimentos que põem fogo em ônibus e destroem patrimônios público e privado", concluiu.
"O compromisso da polícia é garantir a manifestação. Paralelamente, a polícia tem que evitar atos de abuso, atos criminosos, e é isso que tem feito", disse Grella Vieira, em entrevista ao telejornal "SPTV", da Rede Globo.
"A polícia vai continuar cumprindo esse papel", completou o secretário.
HADDAD
Na manhã desta sexta-feira, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse ao telejornal "Bom Dia SP", da Rede Globo, que é irreal a implantação de uma tarifa zero na cidade e que não existe a possibilidade de reduzir o valor da passagem, que aumentou de R$ 3 para R$ 3,20 no último dia 2.
Na quinta-feira, Haddad disse que as cenas de violência por parte da PM foram "lamentáveis e não condizem com São Paulo".
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