Manifestantes entram em confronto na av. Paulista; homem fica ferido
Um grupo de manifestantes, denominados "nacionalistas" entraram em confronto com pessoas que estavam com bandeiras de partidos durante protesto contra tarifas na avenida Paulista, centro de São Paulo. Segundo o Datafolha, a manifestação reunia cerca de 70 mil pessoas na via.
O principal confronto ocorreu entre um grupo de nacionalistas e manifestantes com bandeiras do PSTU e PT. Os "nacionalistas" querem que o protesto prossiga sem bandeiras partidárias e sem a interferência de partidos políticos.
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Após uma das confusões, o advogado Guilherme Nascimento, 26, deixou a avenida Paulista com um ferimento na cabeça. "Foi o PT que fez isso, me deram uma paulada". O rapaz foi carregado por amigos até um carro da Polícia Militar, que o levou a um pronto-socorro.
Um homem usou um taco de hockei para ameaçar petistas. Durante a confusão, uma mulher caiu no chão e quase foi pisoteada. Ao menos duas bandeiras do PSTU e uma do PT foram tomadas de manifestantes e queimadas na avenida Paulista.
Apolíticos partiram para cima dos partidários com chutes e socos. Parte deles respondeu com bandeiradas e pedradas. A Polícia jogou bombas de gás lacrimogêneo para conter a pancadaria.
Um grupo de nacionalistas armados com facas gritam contra os manifestantes do PT dizendo que vão "meter a faca". Eles entoam gritos e dizem que vão tomar todas as bandeiras
Membros do PSTU, PSOL, UNE, UJS (União Jovem Socialista) foram hostilizados por manifestantes na avenida Paulista, em frente à Fiesp. Juntos, os partidários começaram a deixar a região. A manifestante Fátima Sandalhel disse ter sofrido retaliações por vestir uma camiseta vermelha e estar próxima a grupos partidários.
"Nós estivemos em todas as manifestações anteriores para agora sermos expelidos na manifestação. Usar camisa vermelha é um direito, usar bandeira é um direito. O que aconteceu hoje aqui é um atentado à democracia", disse Sandalhel.
Houve um princípio de confusão, quando uma bandeira do PSTU foi rasgada e um militante partiu para cima de um manifestante. As pessoas também cantam gritos de guerra contra o PT.
"Os caras com bandeira de partido querem levar vantagem. O Passe Livre está com o PT", disse o universitário Bruno Scorziello, 22, após tentar impedir a passagem do protesto.
Após a confusão, muitos militantes choraram: "Estão acabando com anos de luta. Não queremos reivindicar para nós, queremos somar", disse um deles sem se identificar.
TARIFA
O Movimento Passe Livre, que organiza o protesto, comemorou a redução de R$ 3,20 para R$ 3, mas afirmou que agora vai lutar para conseguir tarifa zero no transporte público. Ao anunciarem a redução, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) disseram que investimentos serão reduzidos.
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