Elize Matsunaga irá depor hoje; Justiça quer mais detalhes sobre morte de marido
A ré confessa do assassinato do marido e diretor executivo da Yoki, Elize Araújo Kitano Matsunaga, 30, deverá comparecer na tarde desta terça-feira no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, para mais um interrogatório.
Segundo o Tribunal de Justiça, o juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri da capital, quer mais detalhes sobre o crime. Elize deverá responder sobre o momento exato da morte do empresário Marcos Matsunaga, se foi no momento do disparo de um tiro ou durante o esquartejamento do marido.
Após o interrogatório, o magistrado irá determinar a natureza do crime em homicídio simples ou triplamente qualificado. A condenação varia de 12 a 30 anos de prisão.
EXUMAÇÃO
O corpo do empresário Marcos Matsunaga, 42, foi exumado no dia 12 de abril para passar por uma nova perícia. O procedimento foi autorizado pela Justiça de São Paulo, após solicitação da defesa de Elize Matsunaga, 30, mulher do empresário e ré confessa do crime.
A nova perícia deveria determinar o exato momento da morte do executivo, já que havia dúvidas se ele morreu pelo tiro que atingiu sua cabeça ou se ainda estava vivo quando foi esquartejado. No entanto, a perícia não conseguiu chegar a esse resultado, por isso Elize foi convocada para um novo interrogatório.
A exumação foi autorizada pelo juiz Adilson Paukoski Simoni que deu um prazo na época para que o Ministério Público e os defensores de Elize apresentassem outras questões a serem respondidas pelo perito, além de poderem indicar um assistente técnico para o trabalho.
O CRIME
O crime ocorreu em 19 de maio de 2012, no apartamento onde o casal vivia, na Vila Leopoldina (zona oeste de São Paulo), e os pedaços do corpo de Marcos foram jogados em locais distintos de Cotia (Grande São Paulo). Elize foi presa em 4 de junho, logo após a Folha revelar o assassinato de Marcos.
Segundo sua defesa, ela matou Marcos após uma discussão na qual foi agredida por ele e também porque temia ficar sem a guarda da filha, em uma eventual separação do casal. A briga entre o casal começou porque Elize confrontou Marcos com a descoberta de uma traição por parte dele.
Elize foi denunciada à Justiça pelo Ministério Público Estadual por homicídio triplamente qualificado (o que serve para aumentar a pena): motivo torpe (vingança), recurso que dificultou defesa da vítima e meio cruel. Ela também será processada por ocultação de cadáver.
Para a Promotoria, Elize matou e esquartejou o marido de maneira premeditada para se vingar porque era traída e também para ficar com R$ 600 mil de um seguro de vida da vítima.
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