Manifestantes completam uma semana acampados na Assembleia do ES
Um grupo de aproximadamente cem manifestantes completa nesta terça-feira (9) uma semana acampado na Assembleia Legislativa do Espírito Santo num protesto pelo fim do pedágio na Terceira Ponte, entre Vitória e Vila Velha.
Os manifestantes, em maioria estudantes, afirmam que continuarão no local até a cobrança ser suspensa.
Eles estão acampados em uma sala que já foi o restaurante da Casa, no segundo andar, e usam o ramal do local para falar das reivindicações.
"Queremos o fim do pedágio porque a ponte já foi paga há muito tempo. É público e notório isso", disse, pelo telefone, Valmir Andrade Júnior, 19.
Outra parte dos manifestantes está em uma barraca de lona na escada de acesso ao prédio, se alimenta com marmitas doadas e diz passar o tempo com "debates a todo momento".
SEGURANÇA
A presidência da Assembleia informou, pela assessoria de imprensa, que vai esgotar todas as possibilidades de diálogo para tentar encerrar o protesto.
Na segunda-feira (8), 15 dos 30 deputados entregaram uma carta à Mesa Diretora pedindo o "restabelecimento da ordem".
Eles alegam que "não há clima de serenidade e segurança para fluírem as sessões ordinárias bem como as reuniões das comissões temáticas e permanentes".
Em vídeo divulgado na internet, os manifestantes dizem que a "ocupação é legítima e pacífica" e que estão tentando "de forma responsável" fortalecer o "diálogo entre os parlamentares e a população que eles representam".
À tarde, a Justiça determinou que o valor do pedágio seja reduzido e que a concessionária cobre só o suficiente para "a manutenção" da ponte.
O valor ainda será calculado, segundo informou a promotora Sandra Lengruber, que encaminhou o pedido à Justiça.
Os manifestantes acampados na Assembleia, porém, informaram que fazem a manifestação "pelo fim do pedágio, não pela redução do preço".
PORTA QUEBRADA
A invasão começou na terça-feira (2), depois que os deputados adiaram a votação do projeto que prevê o fim do pedágio.
A Polícia Militar chegou a usar spray de pimenta para tentar impedir os manifestantes, mas não conseguiu. Na invasão, segundo a corporação, uma porta do plenário foi quebrada.
O pedágio na ponte é operado desde dezembro de 1998 pela concessionária RodoSol, empresa particular selecionada pelo governo do Estado por licitação.
Segundo a concessionária, cerca de 58 mil veículos cruzam a ponte diariamente. Desde janeiro deste ano, o valor do pedágio para veículos custa R$ 1,90.
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