Protesto em Vitória (ES) termina com 38 detidos
A Polícia Militar informou que 38 pessoas foram detidas após os protestos contra a cobrança de pedágio em uma ponte de Vitória, nesta sexta-feira (19).
A manifestação terminou em confronto e depredação. Manifestantes chegaram até a sede do governo, onde quebraram vidraças das janelas. O governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), não estava no local no momento.
De acordo com a Polícia Militar, os detidos foram levados à delegacia da Divisão de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio. A maioria, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, por suspeita de dano ao patrimônio, desacato e resistência.
A reportagem não localizou a defesa dos suspeitos.
Ainda segundo balanço da PM, quatro agências bancárias, o prédio do Sine e algumas lojas do comércio na região central foram depredadas. Três cancelas foram quebradas na praça do pedágio.
Além disso, dois PMs ficaram feridos, sem gravidade.
Yuri Barichivich/Folhapress | ||
Manifestantes depredam prédios públicos do governo estadual na capital do Espírito Santo durante ato contra pedágio |
Manifestantes e Polícia Militar entraram em confronto ainda pela manhã. A PM utilizou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar a multidão e evitar atos de vandalismo. Cerca de 400 manifestantes participavam do protesto.
Alguns deles acusaram a polícia de truculência. Segundo a OAB-ES, um advogado que estava na manifestação foi atingido por spray de pimenta no rosto mesmo após se identificar e mostrar a carteirinha da entidade aos policiais. O presidente da seccional, Homero Mafra, classificou como "inaceitável" a conduta da PM no episódio.
O governador afirmou que "qualquer ato isolado de violência por parte da Polícia Militar será apurado pela corregedoria do órgão".
PEDÁGIO
A Assembleia Legislativa do Estado foi invadida em 2 de julho por cerca de 80 manifestantes que pleiteavam o fim da cobrança de pedágio na Terceira Ponte, que liga Vitória a Vila Velha. A ocupação terminou no último sábado (13), 11 dias depois.
No mesmo dia, passou a vigorar a redução no valor do pedágio cobrado no trecho (de R$ 1,90 para R$ 0,80), instituída após determinação judicial.
Na segunda-feira (15), manifestantes retornaram à Assembleia para acompanhar a votação do projeto de decreto legislativo que acabaria com o pedágio. A proposta, contudo, foi rejeitada no plenário por 16 votos contra 11.
Na ocasião, manifestantes tiveram o acesso à Assembleia barrado pela Tropa de Choque. Houve confusão e a polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar a multidão. Vinte ônibus foram depredados.
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