Criticado por moradores, Cabral promete assistência a bairro alagado
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e o prefeito Eduardo Paes (PMDB) visitaram o bairro de Campos Grande, zona oeste da cidade, onde uma adutora de água se rompeu na madrugada desta terça-feira (30), alagando a região e matando uma criança de três anos. Eles foram vaiados pelos moradores.
Algumas pessoas estavam com cartazes pedindo "Fora, Cabral" e "Fora Paes" e outras berravam "Fim da corrupção" e "Corrupto".
O governador prometeu assistência às famílias afetadas e disse que todos os desabrigados ficarão hospedados em hotéis, custeados pela Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto), até terem suas residências reconstruidas. Foram atingidas 142 casas, sendo que 72 foram destruídas. Ele também afirmou que os moradores serão ressarcidos por perdas de objetos e eletrodomésticos.
Cabral ouviu críticas dos moradores. Bastante nervosa, a pediatra Marisa Quintino, que trabalha em um posto de saúde na região, disse ao governador que queria vê-lo ali "não só em momentos como esse".
"Viemos aqui para dar a nossa manifestação de solidariedade a essas famílias, que foram tomadas de um pânico e momentos de terror em suas vidas com o rompimento da adutora", afirmou Cabral em entrevista coletiva numa escola da região.
O Estado e a Prefeitura montaram uma estrutura na Escola Municipal Casimiro de Abreu, na área, para cadastrar as pessoas que tiveram prejuízo. Os moradores também recebiam atendimento médico e vacina antitetânica.
Na segunda-feira, em outra entrevista coletiva, o governador do Rio fez um mea-culpa sobre seu comportamento nos últimos meses, reconhecendo que lhe faltou "humildade e autocrítica".
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ROMPIMENTO
Editoria de Arte/Folhapress |
Uma criança de três anos morreu após a adutora de água romper. Com ruas e casas alagadas, dezenas de moradores ficaram desabrigados. Ao menos 14 pessoas ficaram feridas.
Segundo a Defesa Civil, 142 pessoas tiveram suas casas afetadas --17 casas ficaram totalmente destruídas e outras 16 foram atingidas parcialmente.
Logo no início da manhã, uma onda enorme encobriu as casas nas proximidades da adutora, derrubando telhados e paredes.
Moradores ajudaram vizinhos a saírem do local. Alguns foram resgatados de bote.
A Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) informou que precisou esperar 1h30 para fechar o registro da área. O equipamento necessita ser desligado aos poucos para não estourar, segundo a companhia.
Equipes da companhia foram ao local para realizar o reparo na rede e avaliar os prejuízos causados pelo rompimento.
Por volta das 8h40, duas equipes trabalhavam no local. Eles só saberão o que ocorreu após a água da tubulação ser toda retirada.
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