Contato com rede elétrica causa 293 mortes no Brasil em 2012
Apenas no ano passado 293 pessoas morreram após contato com fios da rede elétrica em todo país. Já o número de acidentes, no mesmo período, foi de 818.
De acordo com a Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) os números de 2012 representam uma pequena redução frente ao constatado em 2011, quando foi registrada a morte de 315 pessoas e um total de 856 acidentes.
"A busca permanente das distribuidoras por melhoria de suas redes e a manutenção delas em perfeitas condições técnicas não impede que um ato imprudente resulte em acidentes", disse o presidente da Abradee, Nelson Fonseca.
"Acreditamos que essa queda no número de acidentes e mortes se deve à conscientização da população, por isso a importância de campanhas sobre regras de segurança", afirmou.
Dentre as principais causas de morte identificadas, estão: construção e manutenção predial --principalmente em obras informais, ligações clandestinas, colocação/reparo de antenas de TV, cabo energizado no solo, brincadeiras com pipas/papagaios e poda de árvores.
Na lista dos Estados que mais se destacaram negativamente com relação ao número de mortes, aparecem no topo: São Paulo, com 17 casos; Bahia, com 11 mortes; Minas Gerais, com nove e Pará, também com nove acidentes fatais.
De 2001 a 2012, a média anual de acidentes registrados com a rede elétrica no país foi de 930 pessoas, sendo 326 fatais, 227 lesões graves e 377 lesões leves.
SUBTERRÂNEAS
De acordo com Carlos Mattar, superintendente de regulação dos serviços de distribuição da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a reguladora discute em audiências públicas as vantagens do uso de cabeamento subterrâneo para distribuição de energia.
Uma das vantagens desse modelo seria o aumento da segurança e redução de acidentes. "Vamos definir em regulamento a necessidade de municípios aterrarem esses cabos de energia. Mas essa discussão ainda está em estágio muito preliminar".
Para Nelson Fonseca da Abradee a solução não é ideal por encarecer sobremaneira o preço da energia.
"As redes subterrâneas poderiam melhorar esse cenário, mas o custo dessa rede é cerca de dez vezes superior ao da rede aérea. Esse custo, repassado para a tarifa, seria insustentável", completou.
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